O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), expediu, no início da noite deste domingo (30), um novo mandado contra o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB). A decisão determina a prisão em flagrante de Jefferson por suspeita de tentativa de homicídio de dois policiais federais.
Mais cedo, agentes da PF estiveram na casa do petebista, no interior do Rio de Janeiro, para cumprir determinação judicial que revogava a prisão domiciliar de Jefferson e o reconduzia ao presídio. Ao saber do objetivo dos policiais, Jefferson reagiu atirando uma granada sobre o grupo de agentes. Também houve troca de tiros, que terminou com um delegado e uma policial feridos.
A ordem também foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, logo após os ataques feitos por Jefferson à ministra do STF Cármen Lúcia. Em vídeo divulgado na sexta-feira (21), o ex-deputado comparou a ministra a uma "prostituta" por ela ter votado a favor de punição da Jovem Pan. Jefferson também usou termos como "Bruxa de Blair" e "Carmen Lúcifer" para se referir à ministra. A certeza de que o ex-deputado coordenaria ataques para desestabilizar o pleito no próximo dia 30 levou a Corte a pedir a sua prisão.
A novo mandado determina que a PF cumpra a decisão em qualquer horário. Os policiais ainda se encontram na frente da residência de Roberto Jefferson, no município de Levy Gasparian. Enquanto isso, o ex-presidente do PTB garante que não irá se entregar.
Moraes ainda determinou que qualquer autoridade que haja para retardar a prisão pela PF deverá ser enquadrada imediatamente por crime de prevaricação. O réu também está impedido de realizar coletivas com a imprensa.
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