O candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) prometeu reformular o ensino médio. Em entrevista ao EPTV 1, nesta terça-feira (25), o petista garantiu que em um eventual mandato implantará o ensino profissionalizante nas escolas estaduais. Seu objetivo é fazer com que metade das unidades tenham esse tipo de modelo até o fim do seu governo.
“O melhor ensino médio do país não é privado, é público e federal. O que quero é que esse modelo de ensino médio seja transportado para a rede estadual. O aluno conclui o ensino médio com certificado profissional”, disse Haddad.
“Se ele quiser fazer faculdade pelo Sisu, Prouni, Fies, melhor, mas ao final do ensino médio, o jovem paulista tem que ter profissão. Vamos migrar todas as escolas estaduais de ensino médio para esse modelo, sendo 50% no primeiro mandato. Em dez anos, todas as escolas terão feito a migração”, acrescentou.
Haddad foi ministro da Educação dos governos Lula e Dilma, entre 2004 e 2012, e foi responsável pela criação do Sisu e Prouni, além de reformular o Enem e o Fies. Por conta disso, tornou-se um dos principais especialistas em educação do país. Seu objetivo é implementar projetos parecidos no estado de São Paulo.
O petista também governou a Prefeitura de São Paulo entre 2013 e 2016 e sua gestão na Educação ficou marcada por criar programas de inclusão social, como aulas de história sobre a cultura africana.
Haddad e o transporte
Haddad prometeu que, caso seja eleito, fará a integração do transporte público em 50% das cidades paulistas. Ele garantiu que o estado fará repasses às prefeituras que fizerem parte da campanha e tiverem perda de arrecadação.
“O que vou afiançar: a perda de arrecadação por conta da integração, quem vai bancar vai ser o estado. Quanto mais prefeitos aderirem, mais vou assumir custos. Mas, em compensação, mais gente vai ser beneficiada. Isso vai favorecer o comércio, o emprego. Quero crer que nós conseguimos, em um mandato, integrar 50% das cidades", explicou.
Haddad está no segundo turno das eleições 2022 para o governo de São Paulo. Ele ficou em segundo lugar no segundo turno, ficando atrás de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que lidera as pesquisas de intenções de votos.
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