Ministro Alexandre de Moraes disse que o TSE analisará o relatório da Polícia Rodoviária FederalReprodução

Rio - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TRE), ministro Alexandre de Moraes, declarou na tarde deste domingo que não irá prorrogar o horário de votação. A medida estava sendo cobrada por eleitores após surgirem denúncias de que agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estariam realizando blitze irregulares e parando ônibus para impedirem eleitores de Lula de votarem. 
Durante a coletiva de imprensa para divulgar um balanço de como está sendo o domingo de eleição, Moraes disse que não tem nenhuma necessidade de adiar o horário da votação, porque nenhum eleitor voltou pra casa. Os ônibus seguiram para o destino após às vistorias, afirmou o ministro. "Votação termina 17h como programado (...) Isso (as operações) em alguns casos retardou a chegada dos eleitores a seção, mas em nenhum caso impediu os eleitores de chegar", disse.
No sábado (29), Moraes proibiu a PRF de realizar qualquer operação contra ônibus e veículos do transporte público neste domingo, para garantir o fluxo de eleitores. Apesar disso, blitze são registradas especialmente no Nordeste. A coligação de Lula acionou o TSE contra as operações e Moraes determinou o fim imediato das atividades.

O diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, esteve no TSE para prestar esclarecimentos e, de acordo com Moraes, Vasques afirmou que as operações foram realizadas com base no Código de Trânsito Brasileiro e que não houve intenção de descumprimento da decisão do TSE. "Por exemplo, foram feitas operações em ônibus com pneu careca", disse Moraes, destacando, no entanto, que haverá uma apuração de caso a caso sobre o que ocorreu.

"Segundo Vasques, foi questão de interpretação, vistorias em ônibus sem condições de transitar, em nenhum momento eles retornam a origem, prosseguiram (para as seções eleitorais)", disse. "TSE já verificou se houve prejuízo de voto a eleitores, e não houve", reafirmou Moraes.

O presidente do TSE ainda afirmou que, mesmo as operações com base no Código de Trânsito Brasileiro também precisam cessar por determinação da Corte.
Balanço
As eleições já foram encerradas em mais de 73 países. Moraes também informou que apenas 0,55% das 472.075 urnas foram substituídas. "Um número ínfimo, que mostra que tudo funcionou extremamente bem", ressaltou. Tradicionalmente, a taxa de urnas que apresentam algum defeito e precisam ser trocadas fica por volta de 1,4%.

Moraes destacou ainda que houve "pouquíssimas filas e muito pequenas" em todo o território nacional. Segundo ele, a diminuição da demora para votar se deu porque há menos candidatos para votar e porque foram feitas melhoras na logística. "O eleitor entrava, e até sair, não entrava mais nenhum. Isso foi alterado e agora o eleitor entra, faz a biometria ou apresenta documento, e quando vai para cabine o outro já entra. Isso traz um fluxo maior", afirmou. 
*Com informações do Estadão Conteúdo