Rio - "Voltarei ao Complexo do Alemão como presidente da República para agradecer a vocês", declarou o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontrou com Renê Silva, líder comunitário do Conjunto de Favelas do Alemão, poucos minutos após o fim das apurações, em São Paulo. A comunidade virou alvo de polêmicas após um ato da campanha de Lula, onde ele usou um boné com a sigla 'CPX'.
Em vídeo, publicado por Renê nas redes sociais, Lula ainda fala sobre os moradores do local, vítimas de preconceito durante sua campanha. "Favela não tem bandido, tem gente trabalhadora.
O presidente eleitou mandou um recado para o povo do Complexo do Alemão e das favelas do Rio de Janeiro!!! Lulaaaaaaaaaaa!!!! pic.twitter.com/SsRoFVIdIu
A sigla 'CPX', estampada no boné de Lula durante o evento da campanha do Alemão, significa "complexo" e, mesmo não tendo ligação com o tráfico, foi usada para a criação de fake news por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Muito comum no Rio de Janeiro, o 'CPX' é usado para se referir a conjuntos de favelas, como o Complexo do Alemão, o Complexo da Maré, o Complexo da Penha e o Complexo do Salgueiro.
A sigla é vista em perfis das redes sociais e utilizada, principalmente, para facilitar a digitação na internet. Na ocasião, bolsonaristas usaram a abreviação para tentar criar uma ligação entre o Lula e o tráfico, insinuando que ele seria, até mesmo, comparsa de criminosos.
Lula esteve no Complexo do Alemão no feriado do dia 12 de outubro. O petista subiu em cima de um trio elétrico após caminhar por algumas ruas da comunidade. Ao seu lado estavam a esposa Rosângela da Silva, a Janja, o prefeito carioca Eduardo Paes (PSD) e outros nomes importantes da política como Marcelo Freixo (PSB), André Ceciliano (PT), Alessandro Molon (PSB), Lindbergh Farias (PT), Jandira Feghali (PCdoB), Rodrigo Neves (PDT), Benedita da Silva (PT), Carlos Minc (PSB) e Tarcísio Motta (Psol).
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