Joaquim Barbosa sempre foi contrário a maneira que Jair Bolsonaro comanda o país Reprodução

Logo depois do resultado da disputa entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa afirmou que a eleição do petista pela terceira vez à Presidência da República, no domingo, 30, é a vitória da "democracia e da "civilidade".

Nas redes sociais Barbosa declarou: "Saem de cena o grotesco, a barbárie e a intimidação como elementos indissociáveis do exercício cotidiano do poder". Ele ainda afirmou que deixam de fazer parte do cotidiano "a violação sistemática das leis e da Constituição como método de governar e como atalho para o atingimento de objetivos políticos e pessoais".

"Venceram a Democracia, a civilidade, a reverência às normas consensualmente estabelecidas para reger o bom funcionamento da sociedade. Parabéns a Lula, a Alckmin e aos governadores democraticamente eleitos neste domingo. E, claro, ao povo brasileiro", escreveu.

O ex-ministro completou: Saem de cena o grotesco, a barbárie e a intimidação como elementos indissociáveis do exercício cotidiano do poder; e a violação sistemática das leis e da Constituição como método de governar e como atalho para o atingimento de objetivos políticos e pessoais".

Joaquim Barbosa sempre foi contrário a maneira que Bolsonaro comanda o país e chegou a afirmar que o atual chefe do Executivo "não é um homem sério" e "não serve para governar" o Brasil. O ex-ministro, que declarou voto a Lula já no primeiro turno das eleições, ainda afirmou que "nas grandes democracias, Bolsonaro é visto como um ser humano abjeto, desprezível, uma pessoa a ser evitada".
A vitória de Lula provocou a primeira derrota política do mandatário em sua carreira e interrompe uma trajetória de 33 anos na política. Bolsonaro obteve 57 milhões de votos (49,1%), enquanto o petista teve mais de 59 milhões de votos (50,9%). Bolsonaro concorreu a um cargo político pela primeira vez em 1988, na época com 33 anos. Ele foi eleito vereador do Rio de Janeiro, mas não ocupou a cadeira por muito tempo.