Zema se pronunciou em vídeo publicado no InstagramReprodução/Instagram

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), usou as redes sociais, na manhã desta terça-feira, 1º, para criticar a ação de caminhoneiros bolsonaristas que bloqueiam rodovias por todo o Brasil, desde segunda-feira, 31. A ação se dá em forma de protesto contra o resultado da eleição presidencial, na qual Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotou o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), com 50,9% dos votos válidos, conta 49,1% para o chefe de Estado. Bolsonaro ainda não se pronunciou.
Em vídeo publicado no Instagram, Zema afirmou que já solicitou "que as forças de segurança tomem as medidas para desobstruir qualquer via ou estrada que esteja interditada por manifestações."
"A eleição já acabou e agora nós temos de assegurar o direito de todos de ir e vir e também que as mercadorias cheguem onde precisa para não haver desabastecimento. Vamos cumprir a lei", finalizou Zema.
O governador apoiou Bolsonaro ao longo da campanha de segundo turno, após Minas se mostrar decisivo para as eleições. No entanto, ainda assim, Lula venceu no local, com 50,20% dos votos válidos. Minas Gerais foi o único estado do Sudeste que elegeu o petista. 
Interdição de vias em Minas Gerais
Houve bloqueio total no estado na BR-116, km 702, em Muriaé; e na BR-262, nos kms 509, 1 e 50,4, em Manhuaçu. A BR-381, na altura de Ipatinga também chegou a ser obstruída, mas já foi liberada. 
Decisão do STF determina desbloqueio das rodovias brasileiras ocupadas
Ministros do STF se reuniram em uma sessão vitual da Corte, nesta terça-feira (1º), para analisar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou à Polícia Rodoviária Federal (PRF) e às polícias militares dos estados o desbloqueio das rodovias de todo Brasil, ocupadas irregularmente por manifestantes que se opunham ao resultado da eleição presidencial realizada no último domingo (30). A votação, que ocorreu nos primeiros minutos do dia, confirmou a decisão individual de Moraes.
Acompanharam a sessão os ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Gilmar Mendes e as ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber.
Moraes também estabeleceu multa de R$ 100 mil por hora e eventual afastamento do cargo para o diretor da PRF, Silvinei Vasques, em caso de descumprimento da determinação.