O praticante da espiritualidade universalista Leonardo Almeida, do Espaço Ilumina, explica que, no Candomblé, o nome da divindade é Oyá. Iansã, segundo ele, é um apelido dado a ela por Xangô, um dos seus maridos. A divindade tem a força ligada às batalhas, é a rainha dos raios, domina os ventos e protege o mundo dos mortos, o Igbalé, para que nada saia sem autorização dela. “A energia de Iansã pode ser representada como um búfalo, dotada de força, valentia e bravura. Também pode ser caracterizada por uma borboleta, que é a calmaria. Ela é ampla, forte e quente.”
De acordo com Leonardo Almeida, os filhos de Iansã têm postura forte e são ligados à espiritualidade. “Podem ser reconhecidos pela personalidade forte. São pessoas que se destacam, falam o que pensam, não tem medo de se mostrar ou aparecer na frente da pessoas. É importante ressaltar que a confirmação do orixá de cada pessoa se dá a partir do jogo de búzios.”
No sincretismo religioso, a divindade é associada à Santa Bárbara, santidade católica que foi morta pelo pai após se converter ao cristianismo. Depois da morte de Bárbara, um raio atingiu a cabeça do progenitor. Além disso, a santa é representada com uma espada nas mãos, o que reforça a aproximação com Iansã.
Em homenagem à Iansã, Leonardo explica que podem ser ofertados 9 bolinhos de Acarajé. No entanto, o formato deve ser akará, ou seja, sem condimentos ou recheios. Também podem ser oferecidas flores amarelas e vermelhas e, também, a fruta pêssego.