Pernambuco - Há exatamente uma semana, Jefferson e Diego Cavalieri comemoravam juntos a conquista da Copa das Confederações pela Seleção. Mais próximos após o período que passaram juntos durante a competição, os dois deixam de lado a amizade e voltam a se enfrentar no clássico entre Botafogo e Fluminense na volta do Campeonato Brasileiro.
Se na equipe de Luiz Felipe Scolari nenhum dos dois conseguiu ser titular, em seus times eles são donos incontestáveis da posição. Mesmo sendo concorrentes na disputa pela preferência de Felipão, os goleiros souberam levar a ‘briga’ da maneira mais saudável possível. O clima que envolveu o título foi assimilado por ambos e o camisa 1 alvinegro faz questão de repassá-lo aos seus companheiros de clube.
“Estou muito emocionado e quero passar experiências de grupo mesmo que passei por lá na seleção. Mesmo no banco, estava comemorando gols como ser tivesse defendido um pênalti. Vi que um grupo fechado chega longe. Se repetirmos aquilo, chegaremos muito longe”, disse o goleiro Jefferson assim que se reapresentou ao Botafogo.
De olho na convocação para a Copa do Mundo de 2014, Diego Cavalieri tem consciência de que o Fluminense é a vitrine que ele precisa para realizar o sonho. Prestigiado, o camisa 12 já divide há um bom tempo os holofotes com Deco, Jean e Fred no badalado elenco tricolor. Com a segurança de Cavalieri, o técnico Abel Braga vê a equipe mais encorpada para o clássico na Arena Pernambuco.
“A volta dos jogadores que estavam na Seleção dá um peso maior ao Fluminense, aumenta o respeito do adversário. Cavalieri, Jean e Fred trouxeram um novo ânimo ao time. Estamos jogando bem, mas ficaremos muito mais fortes”, disse Abelão.
No clássico em que os goleiros têm status de ídolo em seus respectivos clubes, o torcedor pernambucano sabe que a chance de ‘chuva de gols’ é pequena, mas a esperança de espetáculo segue viva pela presença de craques do quilate de Seedorf e Fred no novo estádio.
Seedorf passa confiança para Vitinho
Titular após a saída de Fellype Gabriel e Andrezinho, Vitinho foi vaiado por parte da torcida quando foi substituído na vitória sobre o Figueirense, no meio da semana. Para Seedorf, no entanto, o garoto tem muito a ajudar o Botafogo e, por isso, merece carinho.
“Ele não tem problemas. Só não vira um grande jogador se não quiser. Depende muito das pessoas em volta dele. A qualidade dele é óbvia para todo mundo, mas precisa manter a cabeça no lugar dentro e fora de campo, saber como equilibrar as coisas que falam para ele. É um menino consciente, trabalhador, mas ainda vai amadurecer mais. É normal pela idade. Apoio não vai faltar”, disse o craque holandês, que estreou como profissional no Ajax com apenas 16 anos.
Fred é o mais assediado no desembarque
A Fredmania não se limita ao Rio de Janeiro. Na chegada da delegação do Fluminense no Recife, o atacante não demorou para ser cercado por dezenas de torcedores. Ele foi o jogador tricolor mais assediado no saguão do Aeroporto dos Guararapes. Paciente, distribuiu autógrafos e posou para fotos com os fãs.
A comissão técnica do Fluminense optou por não treinar no Recife. Com novidades, a delegação seguiu direto para o hotel. Relacionado, Deco é a principal opção de Abel Braga no banco de reservas.
O clássico com o Botafogo será o primeiro jogo do apoiador depois da suspensão por doping, em abril. Uma ausência sentida na lista de relacionados é Leandro Euzébio. Titular no início do ano, ele perdeu a vaga no time para Digão e no banco para Elivélton.
