Por fabio.klotz

Rio - Depois da derrota para o Grêmio, a situação do Vasco complicou-se demais. Na melhor das hipóteses, terá de fazer mais sete pontos, o que significa ganhar dois e empatar um dos seus quatro últimos jogos. E quais são eles? No Rio, o campeão Cruzeiro, que não vai querer dar mole, e o Náutico, três pontos garantidos. Fora, duas pedreiras: Corinthians, neste domingo, e Atlético-PR, na última rodada.

Vasco de Adilson Batista tem duelo complicado contra o CorinthiansCarlos Moraes / Agência O Dia

Pelo futebol que tem exibido, o Vasco só ganharia dos pernambucanos, mas isso será insuficiente. A esperança é que o time suba muito de produção ou, o que parece mais viável, adversários com objetivos já alcançados (Cruzeiro campeão e Atlético-PR garantido na Libertadores daqui a pouco) não joguem a toda força. Mas o retrospecto diz que, nessas últimas rodadas, é difícil tirar leite de pedra e os times grandes gostam de atrapalhar a vida de similares de outros estados. Neste domingo, com o Pacaembu cheio, o Corinthians é favorito e, mesmo com o ataque pífio, tem fortíssima defesa.

Nova chance

Com intervalo de três dias, o Fluminense tem nova chance de faturar três pontos e, se conseguir, aí sim se colocará na pista para conservar o lugar que lhe pertence. O time teve uma pequena evolução contra o Náutico, com um sistema defensivo ligado e mais velocidade. A torcida vibrou com o golaço de Wagner. O São Paulo vem à meia-bomba, está de olho na Sul-Americana e o Flu pode se aproveitar de sua dupla responsabilidade. Só que precisa jogar um pouquinho mais.

Só um foco

O contexto do jogo entre Grêmio e Flamengo é unilateral porque a partida só significa muito para os gaúchos, que lutam para se garantir no G-4. O Flamengo vai de mistão, sem maiores pretensões e pouco adianta Jayme e os jogadores dizerem que todo jogo é importante e que o Brasileiro merece seriedade. A cabeça está toda na decisão da Copa do Brasil e isso significa não apenas poupar o time fisicamente. Há também um recuo psicológico que trava todo o time.

O preferido

A torcida do Botafogo, que busca algo novo e audacioso para 2014, proclama aos quatro ventos a sua preferência pela contratação de Cuca, um sonho de consumo. Mas, mesmo levando em conta que Oswaldo de Oliveira dificilmente terá clima para continuar ano que vem, a possibilidade de contratar o técnico é remota pela sua zona de conforto e pela questão financeira. Mas sempre é possível sonhar com Ney Franco, que poderia ser uma boa alternativa.

A vergonha

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, se tivesse um mínimo de perspicácia, poderia, a partir dos 5 a 0 do Uruguai sobre a Jordânia, pensar em nova fórmula de classificação para a Copa. A América do Sul não precisa dessa meia vaga porque é perda de tempo insistir no mata-mata. Alguns jogadores da Jordânia se mostraram envergonhados com a chinelada e pediram até para não jogar a segunda partida em Montevidéu. É um fato melancólico que mostra essa grave distorção.

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