Rio - Embora nos últimos anos tenha conquistado um bom número de Libertadores, os clubes brasileiros começam a competição este ano muito mal. O Cruzeiro, um dos favoritos, já perdeu duas em três partidas e para adversários fracos — Real Garcilaso e Defensor. O Atlético-MG começou bem abaixo daquele time arrasador do início da temporada passada. O Flamengo teve um tropeço bizarro no Maracanã, diante de um bom público e foi surpreendido pelo fraco Bolívar.
E o Botafogo, que ignorou o Carioca para poupar titulares, vai constatando que foi tudo uma bobagem — o time é um bando em campo, desarvorado, fraquinho tecnicamente e com jogadores em queda como Gabriel, Dória e até Bolivar, além de um inqualificável Ferreyra. Do ponto de vista emocional foi um desastre e a expulsão do desequilibrado Edílson é um bom exemplo disso. Dos brasileiros, o Grêmio é o único que promete, com uma boa mistura de veteranos e jovens.
CHORORÔ
Como se previa, Eduardo Hungaro e os jogadores do Botafogo distribuíram desculpas esfarrapadas para todos os lados falando de chuva, frio, vento, lama, árbitro e por aí vai. Só não falaram do primeiro tempo perdido com um futebol de péssima qualidade, da falta de briga para um time que descansou no Carioca e para a atitude lamentável de Edílson, que merecia ser punido pelo árbitro.Falar em heroísmo agora pela inútil resistência com nove jogadores é ridículo.
VACILO
Não se pode dizer que Jayme de Almeida (foto) não tenha alertado o time para a aparente facilidade do jogo com os bolivianos no Maracanã. Ele enfatizou as possíveis dificuldades mas isso não adiantou porque o Flamengo demorou a se ligar e só se empenhou para valer quando tomou um gol. Mas Jayme também teve os seus pecados porque, mesmo sem influência no jogo, não se entende a presença de Carlos Eduardo sequer no banco e a ausência, por exemplo, de Nixon, em ascensão.
POCILGAS
Todos sabem que a Libertadores reserva surpresas desagradáveis nos itens violência, segurança, arbitragem e, principalmente estádios do pior nível. O campo do Del Valle parece a antiga rua Bariri e o gramado é indigno de um futebol de primeira linha.Ao mesmo tempo, os times brasileiros não podem reclamar muito porque estão nivelados por baixo e por aqui, como bem se vê no Carioca de Rubinho, há gramados lamentáveis como o de Moça Bonita.
SEXO TOTAL
Para quem não se incomoda em ver cenas de sexo explícito em filmes de arte- tendência recente do cinema- ‘Ninfomaníaca volume 2’, de Lars Von Trier, é uma boa pedida, ainda mais para quem viu o primeiro volume em janeiro. É uma história forte, original, violenta, com ênfase no masoquismo. Além dele,vale uma olhada no suspense ‘Refém da paixão’ com a sedutora Kate Winslet (foto) e a nova tentativa nacional em ‘Alemão’ com o talentoso Antonio Fagundes.