Por fabio.klotz

Rio - Vasco e Flamengo entram em campo neste domingo mais do que com a importante missão de conquistar um novo título estadual. O Flamengo, recordista no Rio, sofreu um sério baque quatro dias atrás frustrando a sua grande torcida com uma eliminação prematura e inesperada na Libertadores. Se perder, agravará uma crise latente e poderá fragilizar muito Jayme de Almeida e o próprio quadro político.

Flamengo e Vasco vão brigar pelo título cariocaMárcio Mercante / Agência O Dia

No Vasco, pelo que se pôde deduzir até da última entrevista de Roberto, há uma angústia pelo título que não vem há 11 anos, pelas seguidas derrotas para o Flamengo e pelo estigma do vice. É um peso que, se não for tirado neste domingo, se tornará insuportável, até pela Segundona no Brasileiro.

Claro que não há favorito porque o Flamengo está muito instável e não tem uma defesa confiável. O Vasco melhorou exatamente na defesa, mas pode ter jogadores à meia-bomba como Guiñazu e Edmilson. Se faltar técnica na decisão, certamente não faltará emoção.

Descontrole

O show de descontrole emocional do presidente do Flamengo nas cadeiras do Maracanã logo depois da derrota para o Léon foi lamentável e deprimente. Todos sabem que há pessoas mal-educadas na torcida e no meio de uma multidão não dá para evitar reclamações e acusações. Mas, partir para palavrões, ameaças físicas e se nivelar ao baixo nível em um momento conturbado é dose. Ele faria a mesma coisa se não estivesse cercado por seguranças? É tão fácil evitar esse tipo de baixaria.

O vencedor

Apesar da boa campanha e da surpreendente vitória no primeiro jogo, vai ser muito difícil para o Ituano sair com o título. Deve prevalecer a lógica e o Santos, com elenco superior, torcida e sua gloriosa camisa, deverá ser superior. De qualquer forma, o Ituano já cumpriu a sua missão com uma bela trajetória e, se perder mesmo o título, será com muita luta e dignidade. Deixará o exemplo de um belo trabalho de base comandado pelo competente Juninho Paulista.

Descarrego

O Fluminense parece ter tomado um banho de descarrego e os jogadores passaram a certeza de que estão mais leves e não apenas no lado emocional, mas também tático. Renato, embora amigo do grupo, parecia ter criado uma camisa de força de acordo com os interesses táticos e isso atrapalhou. Tudo bem que o Horizonte tem time fraco e ingênuo, mas, se o Fluminense não jogasse bem, não golearia tão facilmente. A defesa ainda precisa de reforços, mas Cristóvão pode ir longe.

Sem ambições

Depois do fracasso previsível de Eduardo Hungaro, uma escolha amadora e despropositada, o Botafogo pensa em Mancini, profissional correto, mas que jamais deu voos altos e obteve êxito apenas com times medianos. Ney Franco poderia ser uma melhor opção porque tem mais currículo e até boa passagem pelo clube. Mas o Botafogo anda com a vocação do erro e, na verdade, está precisando contratar vários jogadores de qualidade. O atual elenco é um equívoco.

A surpresa final na hora da classificação

Nesta fase de grupos da Libertadores, o último jogo foi excelente e eletrizante com uma incrível vitória do Atlético Nacional de Medellín por 3 a 1 sobre o Newell’s Old Boys em Buenos Aires, com uma atuação espetacular, um show de armação tática, embora facilitado por uma atuação inqualificável do goleiro argentino. O Newell’s era um dos favoritos para o título, mas caiu de forma inapelável. Agora, olho vivo no ótimo representante colombiano.

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