Rio - Dunga será anunciado pela CBF nesta terça-feira, às 11h (horário de Brasília), em coletiva na sede da entidade, na Barra da Tijuca, como o técnico da seleção brasileira. Comandante da equipe entre 2006 e 2010, ele volta ao cargo na vaga de Luiz Felipe Scolari, que fracassou no Mundial deste ano, no Brasil, ao ficar em quarto lugar, com direito a goleada histórica (7 a 1) para a Alemanha. O primeiro compromisso da nova Era Dunga será a convocação para os amistosos contra Colômbia e Equador, nos dias 5 e 9 de setembro, em Miami, nos Estados Unidos.
O retrospecto do treinador a frente da equipe canarinho é favorável. Foram 60 partidas e duas conquistas (Copa América de 2007 e Copa das Confederações de 2009). Entre amistosos e jogos oficiais, o retrospecto foi de 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas (um aproveitamento de 76,6%). Sua missão, agora, além de manter a rotina de bons resultados — apesar da queda nas quartas de final da Copa da África do Sul, em 2010 — é superar o descrédito de seu nome no cargo de técnico do Brasil perante a crítica e os torcedores.
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Títulos como meta
Nada que abale a confiança do treinador e do coordenador-geral de seleções, Gilmar Rinaldi, um dos responsáveis — ao lado do presidente da CBF, José Maria Marin — pela escolha do treinador. A meta é fazer a Seleção voltar a brigar por títulos (Copas América de 2015 e 2016 e Jogos Olímpicos de 2016, além da disputa das Eliminatórias para o Mundial da Rússia, em 2018). Este ano, além dos dois amistosos nos Estados Unidos, Dunga terá mais três desafios, o principal deles contra a Argentina, dia 11 de outubro, em Pequim, na China, no Superclássico das Américas. Haverá outros dois amistosos, contra a Turquia, dia 12 de novembro, em Istambul, e diante de um adversário ainda indefinido.
Sina dos que voltaram e fracassaram no caminho
Além de pôr o Brasil no caminho das vitórias, Dunga terá pela frente um desafio extra: se livrar da sina de técnicos que dirigiram a Seleção em uma Copa e fracassaram ao voltar ao comando em outra — se é que ele ocupará o cargo até o Mundial da Rússia-2018, após dirigir a equipe na África do Sul-2010.
O primeiro a sofrer com tal sina foi Vicente Feola. Campeão mundial em 1958, ele caiu na primeira fase da Copa de 1966. Campeão em 1970, no México, Zagallo foi outro a fracassar, nas Copas de 1974 (4º lugar) e 1998 (vice-campeão).
Telê Santana dirigiu o Brasil nas Copas de 1982 e 1986, sem sucesso, enquanto Parreira, campeão em 1994, nos EUA, fracassou em 2006 e viu a equipe cair nas quartas de final. Felipão foi a última vítima desta sina. Campeão em 2002, na Ásia, ele ficou com o 4º lugar na Copa deste ano.