Argentina - A torcida do San Lorenzo finalmente se livrou da ironia que tanto perturbava. A partir desta quarta-feira, o trocadilho com a sigla do time (único sem Libertadores) acaba. Dia de redenção! O Ciclón bateu o Nacional, do Paraguai, por 1 a 0, no Nuevo Gasómetro, e alcançou a glória. O San Lorenzo é campeão da Libertadores.
A fé sempre andou com os torcedores do San Lorenzo. Nos últimos anos, aumentou ainda mais. Um ilustre torcedor ajudou a estreitar os laços: o Papa Francisco. Sob a bênção do Pontífice, o clube se reergueu e alcançou a maior glória de sua história em 106 anos. O clube teve a 15ª campanha na fase de grupos. Mas cresceu no momento decisivo. A campanha é coroada da maneira que a torcida sonhava: com título.
O herói da conquista foi Ortigoza, autor do gol do título. O primeiro jogo, no Paraguai, foi um empate por 1 a 1. O duelo, porém, não foi nada tranquilo para os torcedores do Ciclón. O Nacional deu trabalho.
O time paraguaio logo acertou a trave. Os supersticiosos, claro, vão falar que foi milagre do Papa Francisco. O Nacional pressionou e tinha as melhores chances de gol. A pressão da torcida no Nuevo Gasómetro não assustava.
Um abençoado Ortigoza apareceu. O árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci marcou pênalti a favor do San Lorenzo. Após escanteio, Ramón Coronel cortou com o braço chute dentro da área. Na cobrança, Ortigoza deslocou o goleiro e levou o estádio à loucura. O sonho estava virando realidade.
O Nacional não se abateu e buscou o empate. A bola teimava em não entrar. O clube chegou a pressionar o San Lorenzo. O time do Papa também teve chances, mas não conseguiu ampliar. E nem precisou. A Libertadores é do San Lorenzo. O choro de alegria e de jogadores reflete como a glória era tão aguardada. Ela aconteceu. Não custa repetir. A Libertadores é do San Lorenzo.