Por fabio.klotz

Rio - Será que é apenas uma coincidência que, na mesma noite, Ceará, Bragantino e América-RN tenham eliminado Inter, São Paulo e Flu na Copa do Brasil? Quer dizer, três times da Série A que estão entre os cinco primeiros da tabela perdem para times da Série B, alguns deles mal colocados. Claro que a Copa do Brasil se presta a surpresas porque os times de menor expressão se agarram a ela, com o mata-mata, para um brilhareco e costumam ter êxito, como já se viu nos títulos de Criciúma, Juventude, Paulista e Santo André. Só que, agora, a coisa chega a um nível espantoso, cuja explicação pode estar no nivelamento cada vez mais por baixo entre os clubes do futebol brasileiro.

Rodrigo Pimpão fez o quinto gol do América-RN e eliminou o FluminenseAndré Mourão

E mais: um certo relaxamento dos principais jogadores que, mesmo com altos salários, mostram má vontade quando atuam em duas frentes porque o sacrifício de jogos e viagens é muito grande. Talvez no subconsciente, eles elejam a competição mais importante para dedicação total, mas nada justifica a displicência e falta de profissionalismo.

Vergonha

Não adianta tapar o sol com a peneira. O Fluminense viveu uma das jornadas mais tristes de sua história e fez um papelão constrangedor ao levar de cinco do América-RN, com quatro gols no segundo tempo. Lembrou vagamente o vexame da Seleção e foi inaceitável a postura de soberba do time, como se o jogo tivesse sido ganho de véspera. Claro que a zaga falhou miseravelmente, sobretudo Fabrício, mas todos falharam com uma péssima exibição, indigna do clube.

Saco de gatos

O Vasco pode até melhorar em 2015, se conseguir eleger uma figura sem comprometimento passado, o que não será fácil. Até o fim desse ano, muita indefinição e insegurança porque Roberto Dinamite sai ainda esse mês e o clube vai ficar quatro meses dirigido por um colegiado com várias tendências, o típico saco de gatos. Resta saber se a ética terá chance, porque, caso os sócios-fantasmas continuem ativos, haverá uma eleição suspeita e sem credibilidade.

Os milionários

Em meio à crise do Botafogo, é bom saber que ainda há um grupo de abonados com recursos para financiar o clube e pagar os salários dos jogadores. Não é uma solução profissional mas, na emergência, impede o prejuízo maior que será cair para a Série B e receber valores menores de marketing e TV. Talvez seja a única chance de respirar para começar vida nova depois. Se evitar a queda e ajudar a mudar no futuro o modelo administrativo, a ajuda é bem-vinda.

O Papa iluminou o caminho do San Lorenzo

Tabus existem para serem quebrados, reza um dos muitos lugares comuns do futebol. E o San Lorenzo agora tem também uma Libertadores junto com os grandes clubes argentinos. Mesmo quem não é religioso admite que os deuses do futebol ajudaram não apenas durante a campanha, mas também na final. No péssimo primeiro tempo, com o time perdido e nervoso, as bolas paraguaias não entraram e apareceu um pênalti salvador. Mas o San Lorenzo mereceu a festa emocionante e sensacional. Parabéns, Papa Francisco!

Inesquecíveis

Em um ano de terríveis perdas, o cinema teve muito a lamentar com as mortes de Robin Williams e Lauren Bacall. Robin é muito lembrado pelas ótimas comédias, como a da babá ou Popeye. Mas, além da qualidade de filmaços com "Gênio indomável" ou "Sociedade dos poetas mortos", fez papéis sérios e inesquecíveis, como em "Insônia", ao lado de Al Pacino. E Bacall, além de mulher do grande Humphrey Bogart, foi uma bela e talentosa atriz, ícone dos anos 40 e 50.

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