Por edsel.britto

Rio - A situação do Fluminense era tão estranha e surreal nos últimos dias que se falava até em demissão de Cristóvão, que tinha sido celebrado semanas atrás como inovador e competente.

Depois de uma semana tensa, com ameaças físicas aos jogadores, o time se recuperou ontem com uma ótima atuação, principalmente no segundo tempo. Mas liquidou a partida na fase inicial mostrando de novo a mobilidade das primeiras rodadas e com Fred integrando-se a esse esquema, tanto que fez dois gols e ainda deu passe para o de Cícero.

Fred teve ótima atuação e marcou dois gols e deu passe para outro na vitória sobre o SportAlexandre Brum / Agência O Dia

O Sport ainda ameaçou no começo, mas, depois que levou o primeiro, arriou os pneus. No segundo tempo, então, foi dominado e o Flu se impôs com tranquilidade. Pode-se até dizer que o Sport facilitou, mas o Flu se complicaria com aquele marasmo anterior.

Na verdade, o time voltou ontem aos seus bons momentos, reapresentou o estilo ofensivo e Fred conseguiu limpar a barra. Agora é tentar recuperar o tempo perdido no Brasileiro.

O Fla renasce!

Esse Flamengo que venceu o Criciúma com segurança é um time consistente e forte, que conseguiu mudar a cara sob o comando de Vanderlei.

Não é de graça que venceu cinco de seis jogos e saiu da lanterna para uma colocação em que pode até sonhar com o G-4.

O novo esquema funciona, e a entrada de Mugni e Eduardo da Silva no segundo tempo liquida os adversários. Essas mudanças determinaram a vitória, mas, desde o início, o Criciúma foi inferior. É outro Fla.

No lucro

A essa altura da guerra, a torcida do Botafogo nem quer saber de grandes exibições. Interessa é vencer, segurar ao máximo a crise e tratar de fugir da Segundona.

Os três pontos sobre a Chapecoense foram ótimos, mas o time só foi razoável na fase inicial. Depois, desabou, até fisicamente.

Cachito Ramírez vem se firmando no meio de campo do BotafogoAlexandre Brum

Ainda bem que Jefferson, Edilson, Bolívar e Ramírez seguraram a onda. Jogadores como Zeballos e Daniel parecem vaga-lumes deficientes, que apagam muito e acendem pouco.

Campeoníssimas

E a justiça foi feita. O melhor time do Grand Prix de vôlei ficou com o título mostrando talento, dedicação e as maiores variações táticas.

Passou até por um momento difícil na derrota para as turcas, mas mostrou personalidade para se recuperar.

Na final, derrotou por 3 a 0 o Japão sem deixar dúvidas sobre quem era melhor. Não houve destaque, porque todas atuaram muito bem. A Seleção mantém o tradicional nível, se reinventou e ressurge como o melhor time do mundo.

Em baixa

O Vasco de Adilson Batista sobrevive em meio a fases boas e ruins, mas sem convencer jamais. Com o sofrível nível do seu time, poderia até obter melhores resultados se fosse mais organizado e com melhor preparo físico.

Mas o time é desarrumado, mexido e sempre se ressente quando há dois jogos por semana. Em Juazeiro do Norte, pretendeu segurar o jogo com um golzinho e empatou com um time que só sabia correr. Não há sustos à vista, mas a campanha não agrada.

Os jogadores também têm culpa no cartório

A crise no futebol brasileiro tem variados vilões entre técnicos e dirigentes, culpados ora por uma visão tática ultrapassada, ora por gerirem uma estrutura viciada.

Mas os jogadores também são problemáticos, como se constata por depoimentos de colegas estrangeiros que conviveram com brasileiros e até por treinadores que tentam renovar como Cuca e Marcelo.

Há muito boleiro por aí que torce o nariz para a disciplina tática, marcação forte e dedica tempo demais a pintar o cabelo e se tatuar. Mesmo ganhando fortunas.

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