Rio - Com duas vitórias em duas lutas no UFC, Alan Patrick, o Nuguette, começa a colher os frutos da ascensão meteórica no maior evento de MMA do mundo. Após ter a história da sua infância difícil divulgada em todo o Brasil, o atleta comemorou a fama repentina e o reconhecimento nas ruas não só em território nacional, como nos EUA, onde fez seu último combate vencendo John Makdessi por decisão unânime. Nuguete está invicto na carreira com 12 vitórias em 12 combates e se inspira no famoso boxeador Floyd Mayweather que está há 46 lutas sem perder.
"Meu objetivo é ser que nem o Floyd Mayweather Jr, ficar invicto e manter a invencibilidade o maior tempo possível e quem sabe quebrar recordes e mais recordes", disse Nuguette analisando também momento no UFC. "Eu quero me firmar no UFC. Não estou pensando em top 10, o objetivo é fazer meu trabalho, pegar mais experiencia. Se me derem um cara duro é porque eles acreditam no meu trabalho. Eu aceito qualquer, porque é o que falo para todo mundo: quem pega o Jacaré todo o dia está preparado para qualquer adversário".
Nuguette comentou ainda sobre a surpresa que teve ao chegar nos Estados Unidos para a luta contra Makdessi, e ser reconhecido por diversos fãs que o pararam e pediram autógrafos. Para o manauara, essa fama é muito importante para o reconhecimento do trabalho, mas ele garante que não vai deixa-la subir a cabeça e atrapalhar seu rendimento.
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"Achei que fosse chegar lá e ninguém me reconhecer, mas foi um assédio maior e bem mais organizado do que é aqui. Eu fiquei até surpreendido com moral que me deram, estou chegando agora, agradeço muito essa moral. Minha segunda luta e o pessoal todo já me conhecia, um reconhecimento que me motiva a continuar treinando duro para fazer meu nome dentro do evento", comemora Alan.
O nome de Nuguette ainda não figura entre os tops da divisão, mas no que depender do brasileiro isso deve durar pouco tempo, e ele já analisa os principais nomes da categoria dos leves (até 70kg), que tem a disputa de cinturão entre Anthony Pettis e Gilbert Melendez agendada para 6 de dezembro, em Las Vegas, nos Estados Unidos.
"É a categoria que mais tem atletas, a mais equilibrada e muita gente disputando. Sobre a disputa de título, o Pettis está estilo Anderson Silva, sem freio, gosta de brigar, gosta de finalizar, faz um pouco de tudo. O Melendez defende muito bem, aquele estilo de jiu-jitsu, vai ser uma luta boa, mas acho que o Pettis leva pela habilidade dele, não tem medo de arriscar. O Cerrone também é um bom nome, está vindo embalado, se organizou, botou a cabeça no lugar. Tem o russo (Nurmagumedov) também que está bem, mas fala um pouco demais. Se me derem um cara desses eu vou feliz da vida, não tenho nada a perder, eu quero pegar os melhores sempre", finaliza.