Por pedro.logato

Paraná - Líder da temporada, Átila Abreu não se contenta apenas com os mais de 200 km/h de um carro de Stock Car. O piloto da equipe Mobil Super Racing que tem voado nas pistas também se arrisca nas nuvens há um ano e meio, quando começou a aprender a pilotar avião.
Após oito meses de aulas, Átila conseguiu a licença para pilotar. Quase um ano depois, já são 180 horas de voo. Com avião próprio (e nome personalizado, com as iniciais AA), o piloto, inclusive, já voa sozinho para a cidade onde haverá tepada da Stock Car, como aconteceu em Cascavel, mas na maioria das vezes vai acompanhado de alguém mais experiente.

Átila conseguiu a licença para pilotarReprodução / Átila Abreu

“Sempre gostei de velocidade e tecnologia. Depois que tirei a carteira de motorista, peguei a de moto, depois a de van e a de carreta. Então tirei a licença para barco e faltava a de avião. Quando era pequeno via os painéis com um monte de botão e quis aprender mais. É mais fácil do que se imagina. Você aprende muita coisa que utiliza no automobilismo, na parte de mecânica e de aerodinâmica”, afirmou Átila, que não tem dúvida sobre qual das duas paixões é a mais difícil.

“No ar você está sozinho, todo mundo te dá espaço para pousar. Na Stock são 34 carros separados por centímetros, disputando posição. É mais difícil, sem dúvida.”

Átila Abreu lidera a Stock CarReprodução / Átila Abreu

Coincidência ou não, no primeiro ano como piloto de avião Átila lidera a Stock com 104 pontos, 11 a mais que Rubens Barrichello e Sérgio Jimenez. E o que aprendeu no voo é usado na pista.

“Eu me aprofundei na parte mecânica, o que ajudou bastante. Mas o bem legal na aviação é a disciplina e o planejamento antes do voo. Aprendi e isso ajuda não só na Stock, mas na vida", disse Átila, que tenta o primeiro título de Stock após chegar perto em 2012 (foi terceiro).

“Estou trabalhando para que seja a minha vez, sempre sonhei com isso e bati na trave. Temos feito um trabalho legal, quem errar menos tem mais chance de vencer essa disputa que vai até o final.”

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