Por jessica.rocha

Minas Gerais - O Cruzeiro abriu mão nesta terça-feira dos ingressos referentes ao primeiro jogo da final da Copa do Brasil no Independência. A Polícia Militar só teria autorizado a presença de 1.871 torcedores cruzeirenses no estádio, equivalente a um pouco mais de 8% da carga total dos bilhetes, inferior aos 10% que o regulamento geral das competições da CBF prevê. Sendo assim, a Raposa não aceitou o acordo e a partida terá torcida única, composta somente por atleticanos.

Primeiro jogo da final da Copa do Brasil no Horto terá torcida únicaMárcio Mercante

Além do número inferior a porcentagem dos ingressos para o clássico, os bilhetes teriam que ser recebidos 72 horas antes do confronto, mas o Atlético-MG, clube mandante da primeira partida, só liberaria apenas 30 horas do início do jogo.

Diante do fato, o clube celeste alegou que a decisão não terá influência no jogo da volta. Portanto, os 10% referentes à torcida do Galo serão mantidos no Mineirão.

Em uma nota em seu site oficial, o Cruzeiro explicou o motivo pelo qual abriu mão dos ingressos. Confira na íntegra:

"O Cruzeiro Esporte Clube enviou no começo da tarde desta terça-feira um ofício à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) relatando os motivos que levaram o Clube a desistir de receber a cota oferecida de ingressos a que tinha direito no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, marcado para esta quarta-feira, às 22h, no estádio Independência.

Hoje (terça-feira), às 10h50, o Cruzeiro Esporte Clube foi surpreendido com um ofício do Atlético-MG alegando que apenas 1.871 ingressos seriam repassados ao clube visitante, diferente do que manda o Regulamento Geral das Competições, o qual determina um total de 10% da capacidade total do estádio, ou seja, no caso do Independência 2.331 ingressos. O Cruzeiro contesta ainda os prazos estipulados pelo Atlético-MG para que os ingressos pudessem ser comprados pelo clube visitante e revendidos à nossa torcida. Apesar do Estatuto do Torcedor prever um prazo de 72 horas para que essa operação seja realizada, o clube mandante da primeira partida pretendia que a mesma fosse executada apenas a 30 horas do início do jogo.

Diante dos fatos apresentados com o descumprimento das normas do Regulamento Geral da Competição e do Estatuto do Torcedor, o Cruzeiro Esporte Clube não concorda em aceitar uma cota menor da prevista, além de não ter como formalizar uma operação de venda dos ingressos em um prazo tão curto.

A diretoria lamenta ainda que a nossa torcida não possa comparecer ao primeiro jogo da final devido às manobras da diretoria do Atlético-MG."

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