Por fabio.klotz

Rio - Embora ainda tenha dois jogos com mando de campo, o Flamengo faz neste domingo a sua última partida no Maracanã, porque as outras serão em São Luís e em Manaus. Para o time de maior torcida do país, que tem o Maracanã praticamente como o seu estádio, não deixa de ser uma despedida melancólica porque o jogo deste domingo não vale muita coisa e a torcida vem de resultados decepcionantes. Serve como alerta para um clube que precisa se preparar melhor para transformar o templo em palco de grandes decisões. E isso serve para os outros grandes.

Torcida do Flamengo se despede do time no Maracanã este anoAndré Mourão

No jogo deste domingo, contra o Coritiba, haverá até interesse maior do Botafogo na vitória rubro-negra, embora a sua situação seja desesperadora. Aliás, o Maracanã, depois do fim de semana, poderá só ter três partidas até o fim do ano - duas do Flu, contra Chapecoense e Corinthians (essa poderá ser de grande importância) e o Vasco contra o Icasa, pela Série B. Botafogo e Atlético-MG só será com o Alvinegro ainda vivo, algo bem improvável.

Boa atitude

Tanto os dirigentes do Flamengo quanto os do Fluminense parecem interessados em agilizar as investigações para que seja tudo apurado no caso do rebaixamento da Portuguesa. E isso é mesmo fundamental, não por um capricho ético, mas porque, se o assunto morrer de forma inconclusiva, ficará na opinião pública a suspeita de que houve algo torpe. Em ano de bruxas com a perda da Copa de forma traumática, qualquer teoria da conspiração prospera com facilidade.

Sem perdão

O ex-presidente do Botafogo Carlos Augusto Montenegro não poderia ser mais sincero ao dizer que o clube não terá condição de manter Jefferson em 2015 e previu tempos nebulosos, com dívidas pesadas e caos financeiro. Montenegro se mostrou indignado com Maurício Assumpção, que praticamente abandonou o clube e está rebaixando o time ao demitir jogadores importantes, embora Jefferson tenha sido o líder dos protestos. Chamou Maurício de idiota e covarde.

Na corda bamba

O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, já recebeu a confirmação da considerável redução da verba de patrocínio para 2015. Vai ficar mesmo em R$ 32 milhões. Já dá para sentir que, aos poucos, diminui o tamanho colossal de uma parceria única no futebol brasileiro. Siemsen sabe disso e já há algum tempo tenta compor esquema profissional, de natureza empresarial, mas é difícil pela economia frágil do país, pouca credibilidade do futebol e dívidas do clube.

O melhor saldo

Na recente fase da Seleção com Dunga, o que mais chamou a atenção se concentrou em três jogadores. Miranda tem mostrado sobriedade e confiança, dando até a impressão de que, se fosse o substituto de Thiago Silva na Copa, as coisas não teriam sido catastróficas. Willian se destaca individualmente e na dinâmica do ataque. E não teve chances no Mundial. Neymar subiu muito de produção, está mais leve e feliz. Claro que, sem a pressão da Copa em casa, fica mais fácil.

Dois jogos que podem indicar o campeão brasileiro

Mesmo que não possa sair neste domingo o campeão de forma matemática, parece claro que, após os jogos do Cruzeiro e do São Paulo, poderemos ter novidades. Se o Cruzeiro vencer o Santos, na Vila, e o São Paulo perder para o Palmeiras, teremos sete pontos de diferença a favor dos mineiros, e com um jogo a menos. O campeonato estaria quase liquidado. Só mesmo ocorrendo o inverso - ficaria em um ponto a vantagem do Cruzeiro, com um jogo a cumprir -, o Brasileiro ganharia em emoção.

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