Por bernardo.argento

Rio - Se 2014 era uma incógnita total pelas inúmeras mudanças no regulamento, 2015 traz muitas expectativas para a temporada da F-1. A primeira — e talvez a mais importante — é saber se a Mercedes manterá o domínio total. Com o melhor motor V6 turbo, a equipe alemã larga como grande favorita, com promessa de nova disputa entre Hamilton e Rosberg. Só um desastre no projeto do novo carro pode mudar isso. Mesmo assim, não deve ser fácil. A evolução da Williams a coloca como possível adversária, mas resta saber se a equipe de Massa e Bottas voltou mesmo a ser uma das grandes. Acredito que sim, pela estrutura montada.

Hamilton é o atual campeão da Fórmula 1 Reuters

A aposta em ambas se deve à superioridade do motor Mercedes sobre os demais. Só que ela pode ser menor: uma brecha no regulamento permitirá aos fornecedores fazer atualizações nas suas unidades de potência sem que precisem homologar as até 32 peças novas numa data limite. Vamos torcer para que Renault e Ferrari evoluam.

A temporada também servirá para sabermos como será a aventura de Vettel na Ferrari. O tetracampeão precisa mostrar que é grande também com carro inferior e que pode liderar a escuderia, que quer duas vitórias no ano, de volta às glórias. Também será interessante avaliar as “crianças” Max Vestappen, 17 anos, e Carlos Sainz Jr., 20, apostas da STR, e Daniil Kyviat ao lado de Ricciardo na RBR. Começaremos a ter uma ideia das respostas nos testes de pré-temporada.
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Agora vai, Massa?
O bom fim de ano dá mais confiança a Massa para 2015. Ter o talentoso Bottas ao lado na Williams não será fácil, mas o brasileiro pode se destacar se não tiver tantos problemas e errar menos que 2014.
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Nova esperança do Brasil
Felipe Nasr terá ano de aprendizado em sua estreia, mas se quiser continuar na F-1 precisará mostrar serviço logo de cara. Não deve ter problema para superar o fraco companheiro Ericsson.
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O desafio de Alonso
A estreante Honda terá muita dificuldade com os motores V6 turbo (nos primeiros testes só deu três voltas). O fato de ser a única a ter que homologar seu motor até 28/2 só complica (e é uma grande injustiça!). O ano promete ser difícil para a McLaren e Alonso terá menos uma chance de tentar o tri, mas participará de um desafio maior: ser peça fundamental da evolução da Honda, assim como foi Senna.
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