Por fabio.klotz

Porto Alegre - Diagnosticado na infância com acromegalia, ou gigantismo, viver é uma luta diária para Antônio Pezão, de 35 anos. E não poder fazer uso do TRT (tratamento à base de reposição de testosterona) reduz, e muito, sua longevidade como lutador. Mas o sonho de disputar outra vez o cinturão dos pesados o revigora e o leva ao octógono contra Frank Mir, neste domingo, no UFC Porto Alegre.

Pezão encara Frank Mir no UFC Porto AlegreDivulgação

Conhecedor de como a testosterona pode ser usada para o bem e para o mal no esporte, o paraibano sai em defesa de Anderson Silva e pede a não crucificação do ex-campeão.

“Não podemos condená-lo. Ainda não há nada provado. Anderson merece respeito”, disse o gigante.

Superar adversidades e recomeçar são dons de Pezão. Flagrado no antidoping no fim de 2013 com níveis altos de testosterona - por um erro de dosagem -, Pezão fala que ainda está reaprendendo a viver após a barração do TRT no mundo do esporte e como administra o problema.

“Como todos sabem, tenho uma doença que afeta diretamente na minha produção de testosterona. Mas como o TRT foi proibido, é mais um obstáculo que tenho que superar. O meu corpo está se adequando a essa realidade”, afirmou.

O paraibano vem de duas derrotas e um empate nas últimas três lutas e crê que seus limites físicos serão superados: “Minha meta é lutar em alto nível até quando o meu corpo me permitir. Ainda quero outra chance pelo cinturão.”

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