Por pedro.logato

Rio - O início da partida lembrou muito o clássico de domingo passado com domínio territorial do Flu, o Botafogo acuado e dependente de algumas boas intervenções de Jefferson. E isso nem era muito compensado pelo contra-ataque alvinegro, raro e débil. Ainda assim, a desorganização tricolor e os erros da zaga acabaram por nivelar o jogo e, por incrível que pareça, o Botafogo abriu o marcador em uma excelente jogada em velocidade de Gilberto que deixou Jobson na cara do gol. Pouco depois, o Flu foi beneficiado por uma furada de Wagner, que facilitou para Kenedy empatar. O Flu até poderia ter saído com a vantagem mas foi punido pelos próprios equívocos. O jogo se reequilibrou na fase final mas o Flu deu sempre a impressão de que buscava mais a vitória. Gerson fez grande jogada e virou o marcador aos 25. No sufoco, ficou difícil para o Botafogo e, no contra-ataque, Fred, aproveitando a omissão da zaga do Botafogo, deixou sua marca de artilheiro nos 3 a 1. Venceu o melhor e, para o campeonato, foi uma boa porque ficou tudo embolado.

Fluminense venceu o Botafogo no MaracanãUanderson Fernandes

PASSEIO

O Flamengo venceu o Friburguense sábado sem o menor problema e, antes mesmo do primeiro gol, dava para perceber que o adversário não tinha uma bala sequer na agulha.Até os 2 a 0, o Fla correu, se esforçou, mas depois só administrou o jogo sem se preocupar em melhorar o saldo. A partida ficou sonolenta e a torcida saiu do estádio satisfeita coma vitória e a reabilitação mas ainda desconfiada da qualidade do time porque o jogo não serviu para testar coisa alguma.

ELE É DIFERENTE

Com um pouco de otimismo e esperança, a torcida vai se convencendo de que Marcelo Cirino é diferenciado e que, mesmo não se transformando em craque, pode virar um jogador importante e referencial. Basta Vanderlei não interferir em sua função tática. Ele vem jogando bem, com muito oportunismo . Tem facilidade na conclusão e boa visão de jogo. O problema é que se começar a faturar demais, os empresários vão arrumar alguma coisa para ele.

A COMPARAÇÃO

As discussões entre torcedores nas mesas de bares não passam muito pelos desafios nos campeonatos estaduais. Discute-se a baixa qualidade dos nossos clubes e a inegável superioridade europeia. Em uma comparação entre os melhores times brasileiros e o Bayern Munique, por exemplo, há uma clara unanimidade: os alemães atropelariam com facilidade os melhores daqui em qualquer campo. Idem para os gigantes espanhóis. Algo inimaginável em outros tempos.

SOFRIMENTO

A torcida do Vasco saiu feliz com a vitória, mas sabendo que o time tem muitas carências e sofreu muito para derrotar o Bonsucesso. Foi só com um pênalti duvidoso no finzinho que liquidou a fatura, embora o resultado, mesmo vindo nos acréscimos, tenha sido justo. À espera de Dagoberto e apenas com o confiante Gilberto, o Vasco segue sem criatividade, como a maioria dos grandes clubes. E só mesmo com sacrifício para vencer até mesmo os pequenos. O jeito é esse, pegar ou largar.

A VOLTA DO MATA-MATA NÃO É UM RETROCESSO

Os defensores dos pontos corridos no Brasileiro partem para uma retórica feroz sem levar em conta posições intermediárias. Os pontos corridos moralizaram nosso futebol e são basicamente intocáveis. O que se defende é o fim da competição, a partir de semifinais, em quatro escassas datas em menos de um mês .Os americanos fazem isso há muito tempo. Sabem faturar e também na emoção a nível máximo. Discutir qual dos dois critérios é mais justo é sempre muito relativo.

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