Por pedro.logato

Rio - O clássico com o Botafogo pode não se encerrar dentro do tempo normal e vai gerar frutos. A torcida tricolor sabe que se faz um bom trabalho em Xerém (já foi melhor), mas talvez não tivesse a percepção de que tão cedo poderia ter grandes alegrias como no domingo com os lances de Kenedy e, principalmente, Gerson, que fez um golaço. O Flu precisava da convicção de uma nova fase, ganhar bem um clássico e esquecer a Era Conca. Gerson, 17 anos, confirmou o potencial que muitos já vislumbravam nas divisões de base. Sua arrancada no segundo gol foi sensacional e há outros jogadores que prometem, como Marlon, Robert e Kenedy. Tomara que todos evoluam e permaneçam bom tempo no Brasil. Fred tem razão: “É preciso bolar um projeto tipo Neymar para Gerson”.

Fluminense aposta em Gerson para a temporadaDivulgação

AS REFERÊNCIAS

Após oito rodadas, os quatro grandes já podem identificar suas referências no presente e no futuro. Do Botafogo não poderia ser outro se não Jefferson. No Fla, Marcelo Cirino já está se impondo nessa época pós-Léo Moura. O Flu vislumbra o futuro com Gerson, e o Vasco, de outra forma e com um veterano, espera que Dagoberto resolva o problema na frente.

RENÉ E GEGÊ

A dupla René-Gegê pode até ser uma rima, mas não funcionou contra o Flu. De um clássico para outro, o Botafogo piorou. René não escalou bem e demorou muito a mexer, deixando em campo muito tempo o apático Gegê, que sempre falha quando se espera algo dele. A favor de René o fato de que as opções no banco são pobres e o time é limitado.

BOLO SORTIDO

Apesar de todas as deficiências, o Carioca pode ganhar bom embalo nas últimas rodadas. Os quatro grandes, que estarão nas finais, vão decidir o título e os clássicos que faltam (Vasco x Fla, Fla x Flu e Botafogo x Vasco) devem ser eletrizantes, mas é possível imaginar que o grande que perder menor número de pontos para os pequenos será o campeão da Taça GB.

GIGANTISMO

O tênis no final de semana teve o recorde de duração na Copa Davis — quase sete horas —, um marco importante, mas que levanta a questão sobre o tempo dos jogos, o cansaço dos atletas e o conforto do público, além das necessidades da TV. De qualquer forma, merecem parabéns o nosso Feijão e Leonardo Mayer pelo espetáculo inesquecível.

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