Por fabio.klotz

Rio - Ele chegou a Bauru nesta temporada, mas parece que está no time há anos. Alex se encaixou perfeitamente ao time paulista. O Bauru tem o jeito do ala: é competitivo, gosta de defender e é explosivo no ataque. A fórmula tem dado certo. O clube já faturou o título do Campeonato Paulista e da Liga Sul-Americana. Agora, busca mais um feito: conquistar a Liga das Américas. Neste sábado, Alex & Cia. encaram o Peñarol, às 18h, no Maracanãzinho. Outro desafio numa temporada especial.

Alex tenta levar o Bauru a mais um título na temporadaHenrique Costa / Bauru Basket / Divulgação

"Este ano está sensacional lá em Bauru. Não só para mim, mas para Rafael Hettsheimeir, Robert Day e Jefferson, que agora está lesionado. O grupo assimilou muito bem a nossa chegada. O sucesso do time até agora é justamente por isso. Os jogadores que chegaram não têm vaidade. Cada um saiu de um clube em que jogava muito e hoje joga um pouco menos. O pessoal do Bauru soube nos aceitar e não tem vaidade", disse Alex, que não esconde o segredo do time:

"Posso dizer que se estamos na liderança do NBB e no Final Four da Liga das Américas e ganhamos o Paulista e a Liga Sul-Americana é justamente porque temos uma defesa forte. Temos jogadores de pegada forte na defesa. Gui Deodato é muito bom na defesa. Larry gosta de marcar. Matias é um pivô que dá muito toco. Estes jogadores acabam puxando os outros."

Alex sabe que o Bauru não terá moleza contra o Peñarol, clube argentino bicampeão da Liga das Américas. O rival é velho conhecido do ala.

"O Peñarol está acostumado a jogar este torneio, já foi campeão. Já enfrentei com a equipe de Brasília nos últimos anos. É uma equipe que sabe jogar este torneio. Precisamos ter muita atenção, mas eles também precisam se preocupar com o nosso time. Temos um poder de ataque muito grande. Vai ser um jogo disputado, duro e espero que no final possamos vencer", declarou.

Na fase semifinal da Liga das Américas, Bauru venceu o Regatas Corrientes, time argentino. O jogo serve como espelho para o clube paulista agora no Final Four.

"São duas das melhores equipes da Argentina. Contra o Regatas, não começamos bem, depois nos encontramos e vencemos até que com facilidade. Num Final Four, contra uma equipe tão
poderosa como a do Peñarol, não podemos vacilar. Não podemos ter um início tão ruim, ficar dez, 12 pontos em desvantagem e depois correr atrás. Precisamos estar focados desde o primeiro minuto, saber o que fazer, tentar neutralizar o time deles pela defesa e fazer contra-ataque", afirmou.

Aos 34 anos%2C Alex comanda o time do BauruDivulgação

Alex conhece bem o Maracanãzinho. Em agosto, ele foi campeão com a seleção brasileira do Super Desafio BRA, vencendo a Argentina na final. E não será a primeira vez que fará jogos decisivos por clubes no ginásio.

"Disputei uma final aqui com COC/Ribeirão Preto contra o Vasco, em 2001. Acabamos derrotados, mas ficou na memória pelo ginásio, pelo torcedor que compareceu. Estava iniciando a minha carreira. Já tive muitos outros jogos pela Seleção. Fico feliz de poder voltar aqui, um dos grandes palcos do Rio, ao lado da HSBC Arena. A meu ver, é até um pouco mais agradável do que a Arena", afirmou.

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