Por fabio.klotz

Rio - Bruno Mortari ainda tenta dimensionar o tamanho da oportunidade que teve. Ele acompanhou, por um mês, o Golden State Warriors na final da NBA. Uma experiência que influenciou diretamente na transição da carreira de Bruno, ex-jogador e agora assistente do time sub-22 do Pinheiros.

Bruno Mortari ao lado de Steve Kerr%3A inspiração para seguir a carreira de técnicoReprodução Internet

"Foi de outro mundo. Não esperava acompanhar daquela maneira. Fui assistir a um jogo e as coisas aconteceram daquela maneira", conta Bruno.

O técnico Steve Kerr surge como inspiração para o futuro, quando Bruno pode virar treinador.

Mortari viu a consagração de Leandrinho na NBA: eles jogaram juntos pelo PinheirosReprodução Internet

“Foi um passo importante. Você vai tomando mais gosto pela coisa. Não quero acelerar este processo. Foi uma experiência que agregou muito valor. O estilo de treino do Kerr, a metodologia... É um ex-jogador que sabe, que vai mais no jeito do que na força. Isso é muito interessante. Ainda estou buscando a minha identidade e dei uma focada nisso, neste caminho. Ele tem algo de diferente, um padrão mais de jogador para jogador”, analisa Bruno.

O pai Cláudio Mortari, técnico multicampeão, claro, é outra inspiração: “Todo dia é um pouquinho de aula.”

Além do contato com Kerr, Bruno também viu de perto a consagração do amigo Leandrinho: “Ele foi cirúrgico para o Golden State. Foi o paizão, um dos mais respeitados e participativo. A gente não imagina o respeito que os outros têm por ele. Ele é o cara que dá conselho para o Curry. Eu vi isso.”

Nos Estados Unidos, Bruno Mortari também acompanhou a saga de Georginho, uma das joias do Pinheiros que retirou seu nome antes do Draft.

"Rossi (ex-diretor-executivo do Pinheiros) me mandou para o NBA Combine, que é algo bem fechado e foi muito legal de participar, principalmente com o George. Precisa estar bem forte psicologicamente, você sente a pressão. Eu, ao lado de Pat Riley e Phil Jackson, já estava nervoso. É algo muito intenso. Você não pode falhar", afirma Bruno Mortari, que trabalha diretamente com as joias do Pinheiros:

Mortari e o pai na época em que defenderam o FlaArquivo O Dia

"Faço treino extra com eles. Dou suporte, com treinos mais específicos. É até uma coisa que acompanhei bastante na NBA. Acaba um treino e logo vêm dois técnicos e fazem trabalho específico, bem intenso."

Georginho, Humberto e Lucas Dias se inscreveram, mas retiraram os nomes antes do Draft. O trio deve ter mais minutos no time principal do Pinheiros nesta temporada.

"O foco vai ser este, com uma mesclada com adultos bons e botá-los para dar a cara para bater. Está na hora certa, eles precisam e merecem esta oportunidade", declara Bruno.

Carinho pelo Flamengo

O passado como atleta ajuda Bruno Mortari a vislumbrar o futuro como técnico ("a pressão como joagdor é maior ainda", analisa Bruno). Ele relembra a época em que defendeu o Flamengo.

"Foi uma experiência maravilhosa. A torcida é diferente. Você pode falar o que quiser. Torcida de time grande como a do Flamengo não tem. Foi uma experiência maravilhosa, joguei com Ratto, Oscar. Foi uma experiência que guardo com muito carinho."

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