Canadá - Cesar Castro costuma iniciar sua série com o salto que lhe dá mais confiança, um duplo e meio mortal carpado. Mas foi justamente em sua opção de segurança que o brasileiro errou e viu naufragar a chance de subir ao pódio na final do trampolim de 3 metros dos saltos ornamentais dos Jogos Pan-Americanos, neste sábado, no Centro Aquático de Toronto.

"Comecei a prova com o salto que tenho mais confiança, mas não saiu bom e tive de fazer uma prova de recuperação. Pode acontecer, não foi um erro anormal. O nível de competição aqui foi alto. Por um lado foi ruim porque faltou medalha, mas o lado bom mostra que briguei com os melhores", lamentou Castro, medalha de bronze no Pan de Guadalajara-2011 e prata no Rio de Janeiro-2007.
Castro contou que no início da execução do salto teve um leve desequilíbrio e tentou corrigir mudando o posicionamento do ombro, mas não foi o suficiente.
"Faço esse salto para 7,5 ou 8", avisa.
Nas preliminares de sexta-feira, ele recebeu três 8 pelo mesmo movimento. "Acontece. Agora é aprender com os erros e melhorar para o Mundial (de Kazan, no fim de julho)", projeta o brasileiro, que ainda compete no Pan de Toronto ao lado de Ian Matos no salto sincronizado.
Após a primeira tentativa ruim, Castro se apresentou melhor nas outras cinco tentativas, saltou na tabela, mas não o suficiente para medalhar. Terminou em quarto lugar, com 411,55 pontos. O pódio teve dobradinha mexicana, com o campeão Rommel Pacheco e o vice Jahir Ocampo. O bronze ficou com o canadense Philippe Gagné.
Pacheco fez um salto até pior do que Castro na primeira tentativa, mas fez cinco outras execuções espetaculares e foi recompensado com o ouro.
Reportagem de Thiago Rocha