Por pedro.logato

Rio - O resultado final de campo ninguém sabe, mas o clássico de hoje no Maracanã, com casa cheia, sem dúvida terá chancela tricolor, primeiro porque o Flu venceu aquela ‘batalha’ da arquibancada que Eurico fez questão de valorizar sem necessidade. Depois, pelo seu estúpido apelo para que os vascaínos não compareçam. E, principalmente, por Ronaldinho Gaúcho, que o cartolão garantiu que era 90% vascaíno. Todos esses micos só serão atenuados se o Vasco obtiver, apesar de tudo, uma vitória, até porque a situação na tabela é terrível. O Flu está tecnicamente muito melhor. O Vasco vem, afinal, de bom resultado na Copa do Brasil e Celso Roth encontrou função adequada para Anderson Salles no meio-campo e a adaptação gradativa dos recém-contratados, como Andrezinho e Herrera. Difícil é saber se será suficiente para conter a escalada tricolor, que está jogando com intensidade e compactação. Como é clássico, há sempre algum equilíbrio e o menos cotado pode surpreender.

Fred afia a pontaria para o clássico com o VascoCarlos Moraes / Agência O Dia

DOCE FIGURA

Pode parecer até estranho, mas, nos últimos tempos, Gigghia, o carrasco do Brasil em 50, acabou se transformando em doce figura por declarações simpáticas e amistosas, pelo respeito ao Brasil e até por visitas e homenagens. Além disso, com o vexame dos 7 a 1, em 2014, o seu gol perdeu a referência absoluta. Gigghia fica na memória como excelente atacante, boa figura humana e personagem lendário, cuja morte caprichosamente aconteceu em um fatídico 16 de julho.

O DESABAFO

René Simões teve alguma razão em reclamar da demissão e motivos apontados para a queda fazem sentido, como as perdas não repostas de jogadores, caso de Marcelo Mattos, embora Bill não possa fazer falta. No caso de Gilberto, faltou força política para liberá-lo do Pan. De qualquer forma, não havia planejamento para a sua substituição e houve a improvisação de Jair Ventura sem a escolha de nome definitivo. E não há disponível no mercado um técnico bom, bonito e barato.

COPA SUL-MINAS

Essa ideia de Copas regionais como alternativa aos Estaduais não é ruim. É antiga sugestão do saudoso companheiro João Saldanha, mas precisaria acontecer de forma inteligente sem atropelar outras competições nacionais. É bom dar um susto nos Rubinhos da vida, mas sem tumultuar o calendário. Aliás, o Sul- Minas precisaria mudar de nome se contar com a dupla Fla-Flu. Fundamental é reformular os Estaduais, reduzindo-os a poucos clubes e tempo máximo de 60 a 80 dias.

SINAL AMARELO

O vôlei masculino brasileiro deu uma rateada na Liga Mundial e acabou eliminado. Contra a França, o time de Bernardinho pecou por certa soberba e, quando tentou se impor, perdeu o embalo. Na segunda partida, contra os EUA, o time melhorou muito, mas, ainda assim, abaixo do seu melhor nível. A fase atual é para compor os veteranos com a nova geração pelas disputas paralelas na Liga e no Pan, mas não se pode perder terreno. A Olimpíada está logo ali.

O INTERNACIONAL ENSAIA UM NOVO CICLO DE FRUSTRAÇÕES

O Inter formou times de repercussão nacional, principalmente depois de títulos brasileiros, da Libertadores e do Mundial. Mas, nos últimos tempos, tem se caracterizado por incrível reversão de expectativas. Com ótimos elencos, cumpre campanhas decepcionantes. Agora, rateia no Brasileiro, perto do Z-4. Tudo bem que foi o único time do país a sobreviver nas semifinais da Libertadores, mas, após vitória magra sobre o Tigres no Sul, as dificuldades serão enormes no jogo no México.

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