Por edsel.britto

Rio - O esvaziamento político na CBF — com o distanciamento de dirigentes de maior poder, após as denúncias de corrupção na entidade — e a má fase da Seleção nas Eliminatórias podem selar o destino do técnico Dunga. É forte a corrente de pessoas com influência na CBF que defendem a queda do treinador e do coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi. Uma reunião na próxima terça-feira pode até decretar o adeus da dupla.

Apesar da situação, Gilmar Rinaldi garante que o planejamento para a Copa América Centenário e a Olimpíada do Rio está mantida — com Dunga no comando. Mas tudo pode mudar.

Atitudes de Dunga e Gilmar à frente da Seleção não agradaram à CBFEfe

A sorte de Dunga e Gilmar é que a palavra final será dada pelo presidente licenciado da CBF, Marco Polo del Nero, responsável pela volta do técnico ao posto que ocupou na Copa do Mundo de 2010. Contra eles, porém, pesam outros fatores além do fato de o Brasil estar em sexto lugar nas Eliminatórias: a falta de padrão, convocações controversas, perda de confiança dos jogadores em Dunga e excesso de poder de Rinaldi.

CORINTHIANS SE ANTECIPA

Até a hospedagem num hotel em Viamão (RS), cujo sócio é o ex-zagueiro Lúcio, auxiliar pontual de Dunga nos jogos contra Uruguai e Paraguai, e a controversa não convocação do lateral-esquerdo Marcelo por uma confusa (e desmentida) justificativa médica depõem contra a dupla.

Enquanto isso, ciente de que, caso a CBF demita Dunga, deve perder o técnico Tite, o presidente do Corinthians se defende. “Conheço o potencial do Tite e não posso responder por ele. Mas, hoje, o Corinthians tem muito mais a oferecer ao Tite do que a CBF”, avalia o dirigente.

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