Por jessyca.damaso
São Paulo - Pressionado pelas fracas atuações do Corinthians na reta final desta temporada, Oswaldo de Oliveira corre o risco de ser demitido pelo clube ainda neste ano. Sem conseguir a vaga à Libertadores de 2017, o treinador se reunirá com o presidente Roberto de Andrade nesta quarta-feira ou mais tardar na quinta para definir seu futuro.
Oswaldo de OliveiraDaniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

"Não vou falar se 'fica' ou 'sai', vamos conversar, vamos avaliar, não sei se vai ser hoje. Vamos ter uma conversa clara e esclarecedora, também para sentir o que o Oswaldo quer para 2017", afirmou o diretor de futebol do Corinthians, Flávio Adauto, em entrevista à rádio Transamérica, na qual enfatizou também que está no aguardo para "sentir o que Oswaldo quer" para a próxima temporada.

Internamente, Roberto de Andrade vem sofrendo com as cobranças de conselheiros, opositores e até de aliados, que querem a demissão do técnico. As principais queixas se referem às fracas atuações da equipe - o treinador acumula apenas 37% de aproveitamento nesta atual passagem pelo clube - e ao fato de Oswaldo não ter assumido sua parcela de culpa no fracasso no Brasileirão, no qual o time terminou na sétima posição após ter sido derrotado pelo Cruzeiro por 3 a 2, no último domingo, no Mineirão.
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Com a possível demissão, o nome de Guto Ferreira vem sendo apontado como um dos favoritos para ser o sucessor de Oswaldo de Oliveira. O técnico, que conseguiu o acesso à elite nacional com o Bahia ao terminar a última Série B na quarta posição, está de ferias na Alemanha, onde também aproveita para se aprimorar profissionalmente acompanhando os treinos do Stuttgart e do Hoffenheim.
A possível saída de Oswaldo também serviria para aliviar a grande pressão que Roberto de Andrade vem sofrendo. No mês passado, conselheiros do Corinthians chegaram a protocolar um requerimento pedindo a abertura do processo de impeachment do presidente do clube. Foram obtidas 63 assinaturas entre 345 integrantes do Conselho Deliberativo.
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O pedido foi motivado pelos documentos que Andrade teria assinado antes de ser eleito presidente do clube. Foram duas ocasiões: rubrica na lista de presença de assembleia geral de cotistas da arena e na ata e no contrato do estacionamento do estádio com a Omni, empresa que também administra o programa Fiel Torcedor. Roberto de Andrade se defende afirmando que já estava com o cargo em exercício quando assinou o contrato.
Em caso de afastamento do cargo, quem deve assumir é o primeiro vice-presidente do clube, André Luiz de Oliveira, o André Negão. Como restam mais de seis meses para a próxima eleição, em fevereiro de 2018, ele terá de convocar novo pleito. Oliveira é um dos investigados na Operação Lava Jato pelo suposto recebimento de R$ 500 mil em propina durante a construção do Itaquerão.
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