Por jessyca.damaso

Rio - Com o fim do Rio Open, no domingo, a organização já começa a planejar a próxima edição do maior torneio de tênis da América do Sul. E o diretor da competição, Luiz Fernando Carvalho, projeta contar em 2018 com dois dos maiores tenistas da atualidade: o espanhol Rafael Nadal e o sérvio Novak Djokovic.

"Adoraríamos que o Nadal voltasse", afirma Luiz Fernando, mais conhecido por Lui, em entrevista exclusiva ao Estado. O ex-número 1 do mundo participou e venceu a edição de estreia do Rio Open no circuito mundial do tênis, em 2014. Nos dois anos seguintes, foi até as semifinais.

Na edição deste ano, Nadal ficou de fora porque havia por jogar torneios em piso duro, disputados na Europa nesta época da temporada. "Ele não veio porque elaborou seu calendário pensando em quadra dura", explica Lui. Mas o espanhol acabou se afastando das quadras de forma provisória depois da desgastante campanha do vice-campeonato do Aberto da Austrália, na segunda metade de janeiro.

Para 2018, o dono de 14 títulos de Grand Slams poderia fazer seu retorno ao Brasil para jogar em seu piso favorito - faturou nove destes 14 troféus no saibro de Roland Garros - e também para evitar maior desgaste, uma vez que a terra batida exige menor esforço físico dos seus joelhos. O Rio Open seria, neste caso, uma preparação para o giro de saibro na Europa, que conta com três torneios de nível Masters 1000, culminando no Grand Slam disputado na França.

No caso de Djokovic, o trunfo do diretor do Rio Open é a IMG, que agencia o dono de 12 títulos de Grand Slams. A empresa forma, em uma joint venture com a Mubadala Development Company, a IMM, que é dona dos direitos do Rio Open. "O Djokovic é um sonho, até por ser IMG. Ele é atleta da casa e a conversa é bem aberta com o agente dele", revela Lui.

No entanto, o diretor explica que, entre a intenção de contar com estes tenistas e a confirmação destes nomes, vai uma distância a ser preenchida com negociações, que fazem as estrelas levarem em consideração calendário, preparo físico e cachê, que costuma ser reservado a atletas do Top 10 do ranking da ATP.

"As conversas com os tenistas começam em Miami [durante a disputa do Masters 1000] e vão até o US Open porque aí conseguimos avaliar as condições físicas e de performance deles", diz Lui.

Ele explica que a confirmação de tenistas não pode ser feita com muita antecedência por causa da posição deles no ranking, usado como referência para o pagamento do cachê. "Os torneios evitam fazer movimentos mais agressivos nas negociações nesta época porque o tenista pode estar bem no ranking em março, mas sofrer uma grande queda em setembro."


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