Inglaterra - Há dois anos, o finlandês Kimi Räikkönen reclamou do excesso de segurança na Fórmula 1 e pediu "corridas mais perigosas e emocionantes". É o que promete agora o Mundial 2017. As novas regras para os carros vão torná-los mais rápidos e exigir esforço maior dos pilotos.
"A Fórmula 1 voltará a ser uma competição de adultos. As retas serão mais longas", disse o espanhol Fernando Alonso após os testes de inverno em Barcelona.
Retas mais longas significa que os pilotos poderão fazer muitas curvas pisando fundo, sem tirar o pé do acelerador. Com isso os tempos deverão cair bem. Os carros terão pneus mais largos – 24,5 cm para 30,5 cm na frente e 32,5 cm para 40,5 cm atrás. Com uma asa traseira mais baixa e larga e assoalho também mais largo, a estabilidade dos carros permitirá ao piloto desenvolver velocidades maiores.
E os circuitos, como ficarão diante do desafio? O engenheiro-chefe do Grande Prêmio do Brasil de F1, Luis Ernesto Morales, diz que o GP da Austrália, que abre a temporada no próximo dia 26 de março, será o termômetro para o campeonato. Com base nas informações que a prova revelará, os autódromos terão que se preparar com novas zebras para evitar que os pilotos cortem caminho e contar com uma minuciosa revisão e incremento das proteções com barreiras de pneus, entre outros detalhes.
Os dois períodos de testes de inverno em Barcelona indicaram que as equipes Ferrari e Williams foram as que mais evoluíram em relação ao ano passado. A Mercedes segue forte e a Red Bull tem condições técnicas de tirar mais do carro. Isso significa que quatro equipes poderão assegurar uma boa disputa. Com exceção do estreante canadense Lance Stroll, companheiro de equipe de Massa, os demais sete pilotos são experientes e rápidos, podendo tornar as corridas empolgantes: Lewis Hamilton, Sebastian Vettel, Felipe Massa, Valtteri Bottas, Kimi Räikkönen, Max Verstappen e Daniel Ricciardo. Não haverá limitação para o desenvolvimento das unidades de potência 1.6 turbo. E o rendimento poderá crescer ao longo do campeonato.