Montevidéu - Líder isolada das Eliminatórias e embalada na competição — são seis vitórias seguidas sob o comando de Tite —, a seleção brasileira enfrenta o Uruguai, nesta quinta-feira, às 20h (de Brasília), no Estádio Centenário, em Montevidéu, disposta a carimbar o passaporte rumo à Copa de 2018, na Rússia.
Pelas contas do treinador, um empate será suficiente para manter o Brasil como único país a marcar presença em todos os Mundiais disputados até agora. Tal vantagem, porém, pode ser mais um adversário.
“A classificação estar próxima gera ansiedade”, admitiu Tite, que, mesmo assim, confia nos seus comandados: “Quero que a equipe mostre sua cara, saiba que haverá momentos de se impor, ser melhor e dominar, mas terá momentos de marcar e sofrer. São as equipes que melhor atacam e defendem. Gostamos mais do jogo apoiado e o Uruguai tem verticalidade muito grande. Eu ficaria feliz se jogasse muito.”
O duelo, porém, representa mais do que a simples luta pela ida ao Mundial. Estarão em campo a tradição e a rivalidade de um clássico repleto de histórias e que terá um ingrediente de peso: o fato de o Brasil não perder há 16 anos para o tradicional rival — a última vez foi nas Eliminatórias de 2001, quando os uruguaios, em Montevidéu, venceram por 1 a 0 (gol de Magallanes), em jogo que marcou a estreia de Luis Felipe Scolari como técnico da Seleção.
Desde então, foram oito partidas, com cinco empates e três vitórias brasileiras, o que acirra a expectativa para o clássico de hoje. “O Uruguai venceu seus seis jogos em casa, em cinco saiu vencendo no primeiro tempo. Imprime ritmo muito forte, são características de um jogo muito vertical”, comparou Tite.
Sem Gabriel Jesus — o artilheiro do Brasil nas Eliminatórias, com cinco gols em seis jogos, recupera-se de fratura no pé direito —, Roberto Firmino terá mais uma chance para se firmar na equipe. “Firmino tem entrado bem, inclusive fazendo gol, se justifica por si só a escolha dele”, frisou o treinador, que terá a volta de Casemiro, livre de lesão, na vaga de Fernandinho.
A Seleção terá a missão de parar Cavani, artilheiro das Eliminatórias, com oito gols, mas o Uruguai não terá o craque Suárez e o goleiro Muslera, suspensos. Rolán formará dupla de ataque com o atacante do PSG e Martín Silva, do Vasco, defenderá a meta celeste.