São Paulo - A sequência de sete vitórias nas Eliminatórias Sul-Americanas não só deixou a seleção brasileira muito próxima da classificação à Copa do Mundo de 2018, como também tem dado à equipe a confiança necessária para ousar com a bola nos pés e definir os jogos com a individualidade dos seus principais jogadores. Foi o que destacou neste sábado o meia-atacante Philippe Coutinho, apontando o resgate da confiança como fator diferencial do Brasil.
"A confiança é quase tudo. Você tenta as jogadas e acaba dando certo. Para chegar nesse nível, o caminho é sempre ganhar os jogos. E aí a confiança aumenta com os resultados", afirmou o jogador do Liverpool em entrevista coletiva concedida neste sábado, após o treinamento aberto da seleção no estádio do Morumbi.
Coutinho lembrou que na última quinta-feira, em Montevidéu, a seleção precisou superar uma situação bastante desfavorável, pois sofreu um gol do Uruguai logo nos minutos iniciais do duelo no Estádio Centenário, antes de construir a vitória. Ele destacou que isso só foi possível porque a seleção tem um estilo bem definido e a confiança para não mudar seu estilo. "Pensamos: 'Vamos continuar jogando bola'", disse. "Nos portamos bem, o Paulinho fez um golaço e isso nos ajudou", acrescentou.
A confiança para tentar lances ousados foi vista na goleada por 4 a 1 sobre o Uruguai, na finalização de fora da área de Paulinho e no terceiro gol da equipe, de Neymar, com um toque de cobertura, mas também anteriormente com Coutinho, como no gol que abriu o caminho da vitória sobre a Argentina, em novembro, no Mineirão. "As vitórias deixam a gente mais à vontade em campo", reconheceu o meia-atacante.
Aquele golaço, aliás, marcou a consolidação de Coutinho como titular da seleção brasileira. O jogador do Liverpool garantiu, porém, que não acredita ter tal status, além de assegurar não se ver com a responsabilidade maior em relação a outros jogadores.
"Não me vejo como titular, o grupo é muito bom. A seleção tem grandes jogadores, cada vez tento buscar meu espaço e fazer o meu melhor. Ninguém tem espaço garantido. A responsabilidade é dividida. Todo mundo está focado para fazer o melhor", comentou.