Por sarah.borborema

São Paulo - O zagueiro Rodrigo Caio, do São Paulo, transformou-se em personagem do futebol no fim de semana por uma atitude digna: assumiu ter pisado sem querer num companheiro, o goleiro Renan Ribeiro, e inocentou o rival corintiano Jô, que levara o cartão amarelo no lance e ficaria fora do segundo e decisivo jogo do mata-mata, justamente contra o São Paulo.

Rodrigo Caio livrou Jô de cartão mal aplicado no clássicoDivulgação

O curioso é que a honestidade de Rodrigo Caio foi elogiada por muitos, mas houve também quem não a visse com bons olhos. Entre eles, muitos torcedores tricolores nas redes sociais. E até mesmo o zagueiro Maicon, seu companheiro de defesa, deixou claro que não gostou. "É melhor a mãe dele (Jô) chorando do que a minha em casa."

E, nas entrelinhas, Maicon deixou transparecer que o ato de honestidade não repercutiu muito bem no próprio elenco do São Paulo. "A gente deveria respeitar a atitude do Rodrigo, foi o que ele quis fazer na hora. Se foi certo ou não, temos de apoiar. É um jogador que faz parte do grupo, de confiança. Não posso dizer o que eu faria porque não aconteceu comigo", completou.

Pivô do lance, o corintiano Jô voltou a elogiar Rodrigo Caio: "A atitude dele foi muito nobre, de um homem de caráter. Serve de exemplo para todos nós, não só do esporte, mas também para a vida, para muitas crianças."

Dois bad boys do futebol, Edmundo e Paulo Nunes acham que o zagueiro foi honesto, o enalteceram, mas deixaram claro que, nos tempos de jogador, não fariam isso.

Logo ao sair do gramado, Rodrigo Caio minimizou, sem entrar em polêmica: "Fiz apenas o que deveria ser feito. Eu só falei que tinha pisado no Renan, e não o Jô. Cada um com a sua consciência."

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