Rio - A grave crise financeira que atinge o país também respinga no futebol. O Macaé, que ficou em 12º e último lugar na fase de grupos do Campeonato Carioca e que terá de disputar a seletiva em 2018, pode ficar fora da disputa do Brasileiro da Série C. Em entrevista ao site ‘Futrio.net’, o presidente do clube, Teodomiro Bittencourt, afirmou que não terá como manter o elenco caso não obtenha uma parceria.
"Estamos dependendo de uma parceria. Só disputaremos o Brasileiro se conseguirmos um parceiro. Teremos algumas reuniões esta semana e vamos ver o que vai acontecer. Estamos sem patrocínio nenhum. A CBF só nos ajuda com as passagens e hospedagens, mas quem paga os jogadores? Precisamos de pelo menos 200 mil reais por mês", disse o dirigente ao 'Futrio.net'.
Durante muitos anos, a principal parceira econômica do Macaé foi a prefeitura. Mas com a crise financeira, que atingiu diretamente a indústria naval e petrolífera — duas das principais atividades da cidade —, o time foi afetado diretamente.
"Antigamente a prefeitura apoiava o clube, mas hoje não apoia mais. Hoje existem muitas dificuldades, a cidade perdeu muito dinheiro e estou me virando sozinho. Mas para o Brasileiro não dá pra fazer isso. Sem parceria não jogamos. Quem vai pagar? Vamos disputar para o jogador fazer greve depois? Não quero isso mais não", completou Bittencourt.
Desde que o Campeonato Carioca acabou, o Macaé está sem comissão técnica e apenas os jogadores estão em atividade. Para piorar a situação, o estádio Moacyrzão ainda não tem os laudos liberatórios e ainda não abriu as portas este ano. A estreia do Macaé na Série C do Campeonato Brasileiro está marcada para o dia 14 de maio, contra o Volta Redonda, no Raulino.