Rio - Desde o início da temporada, Fluminense e Botafogo apresentam características próprias e distintas. Com DNA ofensivo, os tricolores possuem o melhor ataque do Brasil, com 82 gols, e sofrem na defesa, enquanto alvinegros mostram ter no sistema defensivo um ponto forte, mas com dificuldade para balançar a rede. No meio da tabela do Brasileiro, as duas filosofias estarão frente a frente nesta quarta-feira, às 21h, no Maracanã, em busca de mais equilíbrio para entrar no G-6.
Sempre com três atacantes, o Fluminense, desde o início de 2017, fez muitos gols e sofreu muitos. Para Abel Braga, o fato de não ter um primeiro volante de marcação pesa. Ainda assim, acha que é possível melhorar na defesa, sem perder o poderio ofensivo.
"Isso está incomodando. Os atacantes se culpam pelos gols sofridos e ao mesmo tempo os defensores se sentem orgulhosos da equipe ser a que mais fez gol. Se estiver bem posicionado sem a bola, consegue esse equilíbrio", afirmou Abel, que não poderá contar com Henrique Dourado, suspenso, e não sabe se terá Scarpa e Orejuela, ambos com dores musculares.
Se a solidez da defesa é o ponto alto do trabalho de Jair Ventura, a disputa pela vaga de titular entre Gatito Fernández e Jefferson acirra ainda mais o debate. Por ora, o treinador terá um problema a menos no clássico. Machucado, o paraguaio segue fora e Jefferson está confirmado contra o Fluminense.
Há três jogos sem vencer no Brasileiro, o Botafogo ainda sofre para deslanchar no ataque. À procura de reforços, aposta no experiente Roger, artilheiro da equipe, com cinco gols, para dar fim ao jejum. "Roger é um cara muito experiente e tem uma importância gigantesca para nós", disse Jair Ventura.