Por bferreira

Holanda - Metade das jogadoras de futebol não recebem salários dos clubes, segundo dados do recente estudo do Fifpro, sindicato mundial de futebolistas, que vai ser publicado de maneira oficial em Amsterdam na próxima segunda-feira.

Futebol feminino não é tão valorizado quanto o masculinoCarlos Moraes / Agência O Dia

O estudo se baseia no depoimento de quase 3.300 atletas e destaca a grande diferença das remunerações entre a categoria masculina e feminina.

A investigação consultou atletas que desenvolvem carreira em 33 países, entre eles Estados Unidos, Alemanha, França, Inglaterra e Suécia, e foi realizada pela Universidade de Manchester.

A pesquisa revela que um grande número de jogadoras decidem pendurar as chuteiras "com o objetivo de encontrar uma profissão mais rentável ou para formar uma família".

Segundo as primeiras cifras liberadas pelo estudo, "87% delas estariam dispostas a reduzirem suas carreiras como jogadoras de futebol".

Uma das principais causas para esse cenário é a baixa remuneração das atletas. Exemplo disso é que 66% das entrevistadas, que formam parte das respectivas seleções nacionais, declararam não estarem satisfeitas com seu salário. 

Além disso, 35% desse das jogadores da seleção garantiram não receber nenhum salário dos clubes que defendem.

"Buscamos manifestar a dificuldade que é ganhar a vida com o futebol, inclusive para aquelas jogadoras que têm qualidade suficiente para estar na seleção", explicou o secretário geral da Fifpro, Theo van Seggelen, em comunicado.

"Os resultados trazem um pouco à luz as dificuldades que as jogadoras enfrentam na atualidade", acrescentou Caroline Jonsson, responsável do futebol feminino no sindicato.

Jonsson espera, após a publicação do estudo, "trabalhar com os clubes e federações para permitir as jogadoras continuarem com sua paixão".

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