Por gabriel.santos

São Paulo - Claudemir Peixoto viveu drama parecido com o de Abel Braga. O técnico do Penapolense perdeu dois filhos e um sobrinho num acidente de carro, mas voltou aos trabalhos rapidamente. Apenas duas semanas após a tragédia, voltou à beira do campo para comandar a equipe paulista.

Claudemir Peixoto%2C treinador do Penapolense%2C perdeu o casal de filhos em acidente no interior de São PauloReprodução

Seu retorno ainda teve outra característica que tornou tudo mais complicado para Claudemir: era Dia dos Pais. O treinador afirmou que preferiu não conversar com ninguém para tentar se concentrar no futebol.

"Eu tentei não pensar nisso. Desliguei o celular. Para falar a verdade, quase não conversei com ninguém. Nem fiz muita questão de ficar lembrando. Até porque para mim passou a ser um dia normal, não é mais dia dos pais. É uma coisa muito difícil de explicar, principalmente porque na semana anterior, no jogo contra o Velo (Clube), meus filhos ficaram comigo. Então, pela força que os jogadores estão me dando, a dor alivia um pouco."

O técnico ainda afirmou que, depois de perder seus familiares, aprendeu nas últimas duas semanas mais do que havia aprendido em todos seus 45 anos de vida.

"Dificuldade era voltar, fazer a primeira partida, depois de tudo o que aconteceu. Eu tenho que ser forte. Demorei 45 anos para aprender o que aprendi em duas semanas. A gente se prepara para tanta coisa na vida, como para um aniversário de 15 anos, que a minha filha ia fazer, mas a única coisa para a qual a gente não se prepara é a morte."

No retorno de Claudemir, o Penapolense acabou derrotada por 5 a 0 para o XV de Piracicaba, na Copa Paulista.

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