Inglaterra - O atacante Wayne Rooney, de 31 anos, anunciou nesta quarta-feira a sua aposentadoria da seleção inglesa de futebol ao recusar uma oferta do treinador do time nacional, Gareth Southgate, para voltar ao grupo. O jogador - o maior artilheiro da Inglaterra, com 53 gols em 119 jogos com a camisa do seu país - revelou que considera este o momento apropriado para deixar o futebol internacional.
"Foi fantástico o Gareth Southgate ter me ligado esta semana para me dizer que me queria de volta à equipa inglesa para os jogos que se aproximam. Gostei bastante disso. Todavia, tendo já pensado bastante no assunto, disse ao Gareth que já tinha decidido retirar-me para sempre do futebol internacional. É uma decisão muito difícil, que discuti com a minha família, o meu treinador no Everton e todos os que me são mais próximos", escreveu o jogador em seu site.
Rooney chegou à seleção inglesa aos 17 anos e fez sua estreia em um amistoso contra a Austrália, em 2003, e se tornou o jogador mais jovem a marcar gols pela Inglaterra, o que ocorreu em uma partida contra a Macedônia válida pelas Eliminatórias da Eurocopa de 2004. O jogador, que vestiu a camisa inglesa em três edições da Copa do Mundo e outras três da principal competições de seleções do Velho Continente, agora diz que será apenas um torcedor da Inglaterra.
"Serei sempre um fã apaixonado. Um dos meus grandes arrependimentos é não ter feito parte de uma Inglaterra bem sucedida no lado competitivo. Espero que os jogadores que o Gareth está trazendo para a equipe possam levar essa ambição mais longe e espero que todos apoiem o time. Um dia, o sonho vai se tornar realidade e mal posso esperar por estar lá como torcedor - ou de qualquer outra forma", complementou o astro inglês.
Wayne Rooney deixou recentemente o Manchester United, pelo qual atuou por 13 anos, para retornar ao Everton, clube que o revelou Na rodada passada do Campeonato Inglês, a segunda da atual temporada, ele marcou o gol da equipe de Liverpool que abriu o placar no empate em 1 a 1 com o Manchester City, fora de casa.
Presidente da Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês), Greg Clarke exaltou a importância do atacante para a seleção, pela qual quebrou em 2015 o recorde histórico de gols pelo time nacional, que pertencia há 45 anos ao lendário Bobby Charlton, campeão mundial em 1966.
O dirigente qualificou Ronney como "um ícone de sua geração e uma indubitável lenda do esporte" e destacou que o atacante "merecidamente ganhou o direito de ser chamado de um dos grandes" da história do futebol inglês. "Sei que sempre foi uma grande honra para Wayne vestir a camisa da Inglaterra e liderar este país com um capitão com grande orgulho", disse Clarke.
O presidente da FA também não deixou de lamentar a decisão tomada por Rooney, mas afirmou que entende a opção do atacante de passar a se dedicar apenas à continuidade de sua carreira de jogador de clube.
"É com tristeza que vemos Wayne encerrar sua carreira na seleção, mas nós respeitamos sua decisão e esperamos vê-lo continuar a contribuir ao Everton e ao resto do mundo do futebol nos anos que virão. De jogador de futebol de rua a capitão da Inglaterra, Wayne continua sendo uma inspiração para todos", ressaltou.