Rio- O Botafogo só pensa em Libertadores, enquanto o Flamengo está com a cabeça na Copa do Brasil. A rixa, porém, impede que o clássico deste domingo, às 19h, no Nilton Santos, adquira qualquer caráter amistoso. Quando alvinegros e rubro-negros se confrontam, o clima é de decisão. Ao time comandado por Jair Ventura, está em jogo a incômoda posição de freguês. Já para a equipe de Reinaldo Rueda, a vitória nesta noite simbolizará a superioridade diante do arquirrival.
O Botafogo não ganha do Flamengo desde 1º de março de 2015. De lá para cá, foram oito confrontos, com cinco empates e três vitórias rubro-negras, sendo todas este ano — nesta temporada houve ainda dois empates.
O encontro entre os presidentes Carlos Eduardo Pereira e Eduardo Bandeira de Mello no ‘Seleção SporTV’ aparou algumas arestas. Em tempos de violência, a trégua é bem-vinda, sem diminuir a chama da rivalidade, mais alta a cada confronto.
O Botafogo terá a última oportunidade de bater o arquirrival este ano. Os desfalques de Carli, Lindoso e João Paulo não diminuem a responsabilidade de quem estará em campo. A três dias do confronto com o Grêmio, pelas quartas de final da Libertadores, o torcedor quer uma resposta à altura, à espera da decisão na quarta-feira.
"Foi uma eliminação em um detalhe, uma mágica. Mas passou. Revanche seria uma coisa ruim", disse Jair Ventura, lembrando da eliminação para o Flamengo nas quartas de final da Copa do Brasi.
Ao Rubro-Negro, o jogo serve também para fazer ajustes, Reinaldo Rueda nem um mês tem à frente do time. Conhecer ainda mais o elenco será fundamental para buscar os títulos da Copa do Brasil e da Sul-Americana. O foco principal é a final do dia 27, contra o Cruzeiro, no Mineirão. "Penso que tudo vai passar por como se assimila esse tempo. Grupo está muito forte, muito unido por esse objetivo.", disse Rueda.