Zurique - Às vésperas do sorteio da Copa do Mundo, a Fifa saiu em defesa da Rússia nesta terça-feira. Ao defender o direito do país de sediar o Mundial de 2018, a entidade afirmou que não há doping generalizado no futebol russo, apesar dos recentes escândalos em outras modalidades e até em outros grandes eventos esportivos, como aconteceu na Olimpíada de Inverno de Sochi, em 2014.
"A partir da informação que temos, não podemos falar em doping generalizado no futebol da Rússia", declarou a secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura, nesta terça, a três dias do sorteio das chaves da Copa. O evento será realizado no Palácio do Kremlin e será o "pontapé" inicial do Mundial.
O esporte russo perder dezenas de medalhas e títulos nos últimos dois anos por conta de doping sistemático, principalmente no atletismo. Os atletas da modalidade foram até proibidos de competir na Olimpíada do Rio-2016. Investigação independente da Agência Mundial Antidoping (Wada) revelou em 2015 doping com apoio do governo, envolvendo até trocas de amostras de atletas russos durante a última Olimpíada de Inverno.
A Wada suspeita que ainda há muitos casos positivos encobertos pelas autoridades russas. E uma das modalidades com estes possíveis testes positivos é justamente o futebol.
Em razão dos seguidos casos de doping e das punições, a Rússia não conta atualmente com um laboratório credenciado em seu solo para conduzir os testes durante a Copa do Mundo. Por isso, todas as amostras recolhidas pela Fifa terão que ser enviadas para Lausanne, na Suíça, no mesmo dia em que foram coletadas.