Paris - O lateral-direito Daniel Alves afirmou que o Paris Saint-Germain não pode relaxar em campo durante sequer um minuto da partida de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões, nesta terça-feira, contra o Real Madrid, a partir das 16h45 (de Brasília), na capital francesa, para poder conquistar vaga na próxima fase da competição.
O brasileiro destacou que o desempenho ruim exibido na parte final do duelo de ida, na Espanha, foi fatal para o PSG, que acabou levando dois gols e voltou para a casa com uma derrota por 3 a 1. Por isso, agora o time francês precisará buscar uma vitória por pelo menos 2 a 0 para avançar às quartas de final.
"Pode ter nos faltado experiência porque tivemos um bom controle sobre o jogo. Contra uma equipe deste nível, você nunca deve relaxar. Tivemos incríveis 80 minutos, mas ainda tínhamos mais 10 minutos. Para ir longe nesta competição é necessário realizar 95 minutos perfeitos. Devemos estar focados ao máximo, fixados no objetivo", alertou o lateral, em entrevista ao site oficial do PSG, nesta segunda-feira.
No confronto de ida com o Real, no dia 14 de fevereiro, a equipe parisiense chegou a abrir o placar no primeiro tempo, mas levou o empate no finalzinho desta etapa e tomou mais dois gols quando parecia que estava próximo de ao menos conseguir um empate em Madri. Cristiano Ronaldo, aos 38 minutos, e o brasileiro Marcelo, aos 41, marcaram e deixaram o time espanhol com uma vantagem importante para a partida desta terça-feira, na qual poderá até perder por um gol de diferença para avançar na competição.
Daniel Alves, porém, está confiante na possibilidade de o PSG reverter o placar adverso nesta terça-feira, mesmo sem poder contar com Neymar, o seu principal jogador, operado no último sábado, em Belo Horizonte, após ter se lesionado de forma grave em jogo do Campeonato Francês no domingo retrasado.
"Não nos falta muito para chegar lá, talvez um pouco mais de experiência. Cabe a nós dar o melhor de nós mesmos. Não há outra opção, você tem que dar tudo", afirmou o lateral, cobrando empenho máximo da sua equipe para buscar a classificação.
"Temos duas opções sempre: sentar e chorar ou se levantar. Obviamente, com Neymar o PSG é muito mais forte e é impossível deixar de sentir sua ausência. Mas, ou senta e chora ou levanta e luta. Eu sempre escolho a segunda opção", pontuou.
Com um currículo de inúmeros títulos importantes quando foi jogador do Barcelona, o jogador também lembrou que apenas o forte apoio da torcida do PSG na partida que ocorrerá no estádio Parque dos Príncipes não será suficiente para fazer o time conquistar o resultado que precisa.
"Pensamos que é importante trabalhar em um contexto favorável. Na minha opinião, um clube é a junção de um todo. O clube, mas também os torcedores e, claro, nós, jogadores. É um todo. Devemos estar conectados, o que nos permitirá alcançar nossos objetivos. Depois disso, dependerá de nós, do que fizermos no campo. Uma atmosfera incrível será insuficiente se não fizermos o nosso trabalho no campo", destacou.
Com Estadão Conteúdo