Rio - O título da Copa do Mundo de 1994, além de quebrar o jejum de 24 anos da seleção brasileira é considerado um dos maiores momentos da história da televisão brasileira. Os gritos de "tetra" de Galvão Bueno, após a vitória nos pênaltis sobre a Itália estão na mente de boa parte da população do país. Em entrevista na série "Vozes", da TV Globo, o narrador revelou que por pouco não perdeu os sentidos naquele dia.
Me lembro que chegou um momento na decisão dos pênaltis que eu fiquei meio zonzo, quase dei uma apagada. Falei: "Pera aí! Trabalhei a minha vida toda para isso". Aí o Massaro vai para a cobrança, e "Vai que é tua, Taffarel!", afirmou.
Galvão admite que a forma explosiva como comemorou de certa forma foi bem inesperada, principalmente devido a presença ilustre que estava naquele dia na cabine de transmissão.
"O "É Tetra" marcou porque a imagem acabou até mais forte que o grito, porque a imagem é aquela coisa maluca. O grito é esganiçado, é um horror. Eu quando escuto, até hoje tenho vergonha. Eu era um coadjuvante, o Arnaldo era coadjuvante ali. Tinha Pelé, gente. E a geradora da imagem da Copa do Mundo jogou para o telão e para o mundo inteiro", disse.