VANESSA CRISTINA
Aos 24 anos, Vanessa Cristina sofreu um acidente de moto e teve que amputar a perna esquerda. Em Praia Grande, um técnico a abordou num ponto de ônibus e a apresentou ao esporte  - Divulgação/Comitê Paralímpico Brasileiro
VANESSA CRISTINA Aos 24 anos, Vanessa Cristina sofreu um acidente de moto e teve que amputar a perna esquerda. Em Praia Grande, um técnico a abordou num ponto de ônibus e a apresentou ao esporte Divulgação/Comitê Paralímpico Brasileiro
Por

Rio - No Egito Antigo, foram encontrados os primeiros registros de prótese ortopédica. Um poema do livro Rig Veda, escrito entre os anos 3.500 e 1.800 a.C, menciona a história de uma rainha guerreira que perdeu a perna em uma batalha e precisou voltar ao combate. Desde então, a literatura médica mostra esforços de pesquisadores e de empresas que produzem matéria-prima para aprimorar a fabricação de membros artificiais. Instituído por lei federal, o Dia Nacional do Atleta Paralímpico é celebrado hoje e recorda a criação da Comitê Paralímpico Internacional, em 22 de setembro de 1989. O objetivo da data é valorizar profissionais que não veem limites em suas deficiências físicas e lutam por novos recordes.

O comitê paralímpico brasileiro reúne alguns desses recordistas. Entre eles, Silvania Oliveira, Verônica Hipólito, Yohansson do Nascimento e Terezinha Guilhermina. Eles integram a seleção brasileira de Paratletismo, que há três anos conta com patrocínio da Braskem, fabricante do plástico usado nas próteses.

Vanessa Cristina, que venceu a maratona de São Silvestre na categoria cadeirantes no ano passado, viaja em novembro para o Japão, onde vai disputar a Maratona Internacional de Oita. Em 2014, ela sofreu um acidente de moto e precisou amputar a perna esquerda. Foi o começo de uma nova história. "Achei que não iria fazer mais nada na vida. Até que um professor me viu no ponto de ônibus e perguntou se eu gostaria de conhecer o esporte. Hoje, a corrida é tudo na minha vida", conta. Vinícius Rodrigues, recordista das Américas nos 100m, seguiu uma trajetória semelhante. Há quatro anos, teve a perna esquerda amputada ao sofrer um acidente de moto. Ele estava no hospital quando recebeu a visita de Terezinha Guilhermina. Recebeu um presente que mudou a sua vida: um livro do Comitê Paralímpico Brasileiro. E, ao ver as conquistas de paratletas, percebeu que também poderia se tornar um campeão.

Você pode gostar
Comentários