Colômbia - As recentes declarações preconceituosas do presidente do Deportes Tolima, Gabriel Camargo geraram uma onda de revolta entre as mulheres na Colômbia. O mandatário afirmou que o Campeonato Colombiano feminino de futebol é um "terreno fértil para o lesbianismo", que não é rentável para os clubes do país e que as jogadoras "consomem mais álcool que os homens".
Em entrevista para uma rádio colombiana, o ex-senador também foi questionado sobre a situação da equipe feminina do Atlético Huila, que foi campeã da Libertadores, no mês passado, ao vencer o Santos, e disparou: "Devem estar arrependidos de terem conquistado o título e ter investido tanto dinheiro no time".
Nas redes sociais, Yoreli Rincón, uma das principais jogadoras do Huila na campanha do título internacional, respondeu Camargo de maneira veemente.
"Presidente Camargo, não se esqueça de onde vêm os seus filhos: de uma mulher. Ou você quer uma jogadora que passe roupa e lave os pratos do clube? Tomara que em sua equipe masculina você conquiste um bicampeonato com jogadores que não fumem e não tenham mais de uma mulher. Respeite".
O novo estatuto e regulamento de clubes da Conmebol, publicado em 2016, exige que os clubes tenham uma equipe de futebol feminino para estarem aptos a disputarem a Libertadores masculina a partir de 2019.