No próximo domingo, Jô embarca ao Japão para se apresentar ao Nagoya Grampus e iniciar a disputa da temporada 2020, a última no clube, como o próprio revelou em entrevista exclusiva ao jornal O Dia.
"A gente já tentou renovação de contrato, mas acabou não tendo sucesso na negociação e optei por cumprir o meu contrato (termina em dezembro deste ano) e depois resolver o que farei na minha carreira, analisar as possibilidades e planejar a carreira."
Sem ter conquistado um título desde que chegou ao Nagoya Grampus, Jô traçou metas e objetivos em 2020. Em 2018, ele marcou 24 gols em 37 jogos. Já em 2019, o sucesso não foi o mesmo: fez apenas oito tentos em 37 jogos. Além de melhorar a marca, o atacante de 32 anos quer título neste ano.
"O meu objetivo maior sempre vai ser o título. Eu já estou há dois anos lá e não conseguimos brigar por título. Esse vai ser o meu objetivo. Quero sair do Nagoya com esse título, que é difícil, mas não é impossível. Essa é a minha meta para 2020."
Você recebeu proposta nesta janela de transferência?
"Não. Nessa última janela não chegou proposta oficial, somente algumas sondagens. Mas diretamente comigo não houve proposta. Até porque deixei claro que pretendia cumprir o meu contrato com o Nagoya. Esse é o último ano e depois vamos ver o que fazer."
Como avalia o Centro de Treinamento do time carioca?
"A gente fazia sempre em horário diferente, até para não atrapalhar o trabalho deles. Mas em alguns momentos acabava se esbarrando. Eu já joguei com alguns do atual elenco. Um que eu tenho muita amizade e somos quase um irmão é o Rafinha. A gente se encontrou, batemos um papo e foi bacana. Filipe Luís, Diego Alves e o Everton Ribeiro são outros jogadores que já joguei junto e tenho amizade até hoje".
Alguém fez lobby para você se transferir para o Flamengo?
"(Risos). Essas brincadeiras, às vezes, viram verdade (risos). Temos um respeito muito grande pelos profissionais. Não houve brincadeira e nenhum tipo de sondagem nesse sentido. Eles me trataram muito bem."
O que mais dificultou a sua adaptação ao futebol japonês?
"O meu foi mais a questão de futebol. Eu saí do futebol brasileiro, com nível muito alto, e chega lá e o nível cai um pouco. Por ser futebol asiático. Mas foi o que mais tive dificuldade. O resto é o de sempre. Em relação à comida e clima, mas a questão de futebol eu acabei tendo dificuldade. Temos dois brasileiros que são os nossos tradutores. Os dois vivem lá há anos e nos ajudam nesse ponto da comunicação. É um país e uma cidade muito boa."
Para fechar... Você vai dar prioridade para algum clube brasileiro quando acabar o contrato com o Nagoya?