O Botafogo estreia hoje na Taça Rio tentando mudar a rotina de fiascos que o acompanha desde o ano passado no Campeonato Carioca: a de não conseguir a classificação nem mesmo às semifinais de um turno. Após o fracasso na Taça Guanabara, o time que entra em campo às 19h, no Nilton Santos, para enfrentar o Boavista, sabe que a vitória é fundamental numa competição de tiro curto. Afinal, como a disputa é dentro do próprio grupo, todos os jogos serão contra adversários diretos.
O técnico Paulo Autuori terá como principal novidade em campo o meia-atacante equatoriano Gabriel Loco Cortez, que vem treinando bem e é esperança de aumentar o poder ofensivo da equipe, que não contará com o artilheiro Pedro Raul — poupado devido a dores na coxa direita.
Autuori quer ver o time buscando o resultado e, sobretudo, com personalidade. "Vamos passo a passo tentar construir uma ideia de jogo. Tem partidas que vão aparecer com mais evidência e outras nem tanto. O que não vou admitir é que nós renunciemos à ideia de jogo contra qualquer adversário, seja mais forte ou mais fraco", advertiu o treinador.
Em relação às críticas ao rendimento do setor ofensivo, Autuori tem clara posição: "Minha visão é completamente sistêmica. Treinar só finalização não adianta, pois a finalização depende de vários fatores. Dificilmente o jogador vai ter condições de chutar em um jogo do jeito que chuta em um treino".
O técnico alvinegro acrescentou: "Tem também a parte emocional. Alguns jogadores sentem mais que os outros. O que eu falo é para os jogadores terem coragem, tomarem riscos. O Botafogo tem uma história extraordinária e todos passam por momentos difíceis. É hora de acabar com isso. Temos que parar de falar das coisas pequenas".
