09/03/2020 - Rio de Janeiro - RJ - Entrevista com o zagueiro do Flamengo Gustavo Henrique no ninho do Urubu em vargem grande ,zona oeste do Rio , Foto :Fábio Costa /Agencia O Dia - Fabio Costa
09/03/2020 - Rio de Janeiro - RJ - Entrevista com o zagueiro do Flamengo Gustavo Henrique no ninho do Urubu em vargem grande ,zona oeste do Rio , Foto :Fábio Costa /Agencia O DiaFabio Costa
Por Venê Casagrande

Rio - O Flamengo não vai deixar passar em branco o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Em ação conjunta dos departamentos de marketing e comunicação, decidiu montar uma grade feminina para a transmissão da FlaTV do clássico de hoje diante do Botafogo, no Maracanã. A narradora convidada foi Luciana Zogaib, das rádios Ferj e Damas do Esporte. Feliz com a convocação, ela falou sobre a experiência que viverá hoje e o que pensa do crescimento das mulheres no futebol.

ATAQUE: Como você vê a atuação das mulheres no futebol? Acredita que o preconceito diminuiu?

LUCIANA: Creio que o preconceito vem diminuindo, mas falta muito investimento para que a modalidade se desenvolva ainda mais. É um processo. É necessário investir na base para a qualidade técnica evoluir e, com isso, atrair mais visibilidade. Mas vejo um ótimo horizonte para as mulheres.

Você acha que essa ação do Flamengo pode servir de estímulo para as mulheres?

Achei sensacional a iniciativa, pois atrai visibilidade e abrie campo de trabalho. Ainda nos falta espaço para poder trabalhar e evoluir.

Feliz pelo Flamengo ter escolhido você?

Inenarrável a felicidade. Pela oportunidade de poder representar o sonho de tantas outras mulheres e por nunca ter escondido meu time de coração. É uma alegria ainda maior.

Por que você acha que o Flamengo te escolheu?

Ainda somos pouquíssimas narradoras no Brasil. Creio que me escolheram por me verem sempre no estádio e por conhecerem um pouco o trabalho pioneiro na narração feminina que venho fazendo no futebol carioca.

Você trabalha como narradora há um tempo. O fato de fazer uma transmissão voltada para a torcida do Flamengo te trará mais responsabilidade que as demais?

Assumi o desafio da narração há pouco mais de um ano e tem sido um aprendizado diário. A responsabilidade é sempre muito grande porque mexemos com a emoção das pessoas e o fato de narrar para a federação trás muita responsabilidade. A transmissão para o Flamengo vai causar um frio na barriga a mais, pela grande audiência que tem alcançado e por saber que ainda existem muitas barreiras para a narração feminina. Além do aspecto cultural, ainda somos novatas na profissão.

Quer deixar um agradecimento não só para a diretoria do Flamengo, mas para os torcedores que pediram o seu nome?

Quero agradecer ao Flamengo não só por esse maravilhoso convite, mas por ter sido, sem dúvida, o responsável pela evolução do meu trabalho. Fui pé quente transmitindo todos esses títulos, e, com isso, conquistado muitos torcedores. Espero que eu possa retribuir todo esse carinho da torcida levando muitas 'ondas de alegria' no rádio e agora na TV.

 

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