Tocha olímpica dos Jogos do Rio-2016 - Divulgação
Tocha olímpica dos Jogos do Rio-2016Divulgação
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - Pouco mais de quatro anos depois dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, condutores da tocha estão vendendo os seus objetos nas redes sociais e em plataformas de comércio online. Os motivos que os levaram a essa decisão estão relacionados a problemas de ordem financeira, boa parte oriundos ou agravados por decorrências econômicas da pandemia do novo coronavírus.
É o caso, por exemplo, de Bianka Lins. Formada em Letras, considerada a primeira transgênero a participar do revezamento da tocha no Brasil, ela vivia dos rendimentos de aulas particulares e do salário que recebe como servidora municipal na área de serviços gerais de Curvelo, em Minas Gerais. Impossibilitada de lecionar, viu seu orçamento encolher sensivelmente.
Publicidade
"As contas começaram a acumular. Como preciso fazer algumas reformas urgentes na minha casa, decidi colocar a tocha à venda", disse Bianka. A professora conta que a decisão pela venda foi difícil. "O O Dia revezamento da tocha foi um dos momentos mais importantes da minha vida. Como fui a primeira trans a carregar esse símbolo no Brasil, eu me vi representando milhares de pessoas da comunidade LGBTQIA+. Não é fácil para mim abrir mão da tocha", concluiu.