Com contrato de dois anos assinado, Cuca já teve o nome publicado no Boletim Informativo Diário (Bid) da CBF e assume a equipe contra o Coimbra, sexta-feira, pelo Campeonato Mineiro. O estado de saúde da mãe do técnico, dona Nilde, internada em tratamento contra o novo coronavírus, adiou a chegada de Cuca.
"Não foi uma decisão fácil, por este momento de saúde da minha mãe. Então, foi uma situação muito difícil para eu poder vir. Muitas coisas passam na cabeça da gente, mas eu refleti muito com minha família, e a gente entendeu que vou estar junto com eles na fé, no espírito, dando meu máximo aqui no trabalho", destacou.
"Era uma grande vontade que eu tinha de voltar ao Atlético. Depois de sete para oito anos eu consigo voltar. Lógico que sei do tamanho da responsabilidade que tenho aqui, assim como eu sabia da outra vez, quando cheguei em 2011 e fizemos uma recuperação. O 2012 foi muito bom, e fizemos um brilhante 2013. Então, eu tenho muita confiança", que comparou a realidade do elenco de 2012/13 com o atual.
"Hoje, as condições são até melhores que eram naqueles anos. Formar um ambiente favorável é o que eu busco e, em primeiro lugar, mostrar a cada jogador pelo que ele luta, com quem ele luta por situações no time. Mostrar a eles a importância que se tem de vestir a camisa do Galo e de buscar conquistas no Atlético, e a gente tem essa ambição", disse Cuca.
Na coletiva virtual, a polêmica condenação de estupro de Cuca e outros três jogadores do Grêmio em 1987, numa excursão do clube em Berna, na Suíça, foi abordada. O episódio, que envolveu uma menina de apenas 13 anos, motivou uma campanha nas redes sociais por parte da torcida que usou a hashtag #CucaNão. Cuca, que já havia se pronunciado e se dizer inocente, disse que o caso está 'superado'.
"Eu acho que o assunto tem que ser debatido sempre, em todos os sentidos, não só no futebol. Eu postei minha família na frente da câmera e dei meu depoimento, falei o que eu tinha que falar. Sou uma pessoa do bem. Não preciso ficar falando isso aqui. Treinei aqui em Minas durante quase quatro anos, entre Cruzeiro e Atlético. Aqui fiz muitas amizades e acho que nenhuma inimizade. (...) Acho que o que eu tinha para falar sobre esse tema, eu já falei, junto com toda a minha família. É uma coisa que ocorreu há 34 anos e, para mim, é um episódio já superado. Vida que segue", disse.
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